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FMI diz que reformas de Bolsonaro “vão na direção certa”

O FMI tomou posição pública sobre o Brasil, quatro dias depois da eleição do presidente de extrema-direita, apontando que é preciso “uma ambiciosa reforma fiscal” e, dessa forma, apoiando o programa ultraliberal do anunciado superministro da Economia, Paulo Guedes.
O FMI veio apoiar o programa ultraliberal do anunciado superministro da Economia, Paulo Guedes
O FMI veio apoiar o programa ultraliberal do anunciado superministro da Economia, Paulo Guedes

"Até agora temos ouvido reformas que vão na direção certa", afirmou à agência noticiosa Efe Krishna Srinivasan, diretor-adjunto do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Srinivasan acrescenta que o FMI espera uma "ambiciosa reforma fiscal", defendendo uma “reforma nas pensões”, para supostamente “manter a sustentabilidade fiscal e a própria sustentabilidade do sistema de pensões". Srinivasan diz ainda que a economia do Brasil “é relativamente fechada" e que espera que continue o "impulso para abrir mais a economia".

Bolsonaro defendeu durante a campanha eleitoral a redução do peso do Estado na economia, privatizações e concessões a privados, saneamento das contas públicas e maior abertura económica do Brasil. O novo presidente do Brasil anunciou também que nomeará o neoliberal Paulo Guedes para ministro da Economia, num superministério que juntará Finanças, Planeamento e Desenvolvimento e Indústria.

Paulo Guedes, o anunciado futuro superministro da Economia, anunciou na noite do passado domingo (ver aqui) que o seu objetivo é a redução do défice primário e as principais medidas a reforma da Previdência (reforma do sistema de pensões) e as privatizações. “O primeiro grande item é a Previdência”, afirmou ainda o futuro ministro, acrescentando que “o segundo é o controle de gastos públicos, as despesas com juros”.

Paulo Guedes disse também que quer acelerar as privatizações e que pretende tomar medidas para atrair investimento externo em infraestruturas. Disse ainda, que o Mercosul não será uma prioridade.

Paulo Guedes tem 69 anos, é doutorado pela Escola de Chicago, fundou o Banco Pactual, assim como fundos de investimento e outras empresas. Defende a aceleração de privatizações (petróleo, eletricidade, correios…), uma reforma fiscal para reduzir os impostos aos mais ricos, dizendo que são os que mais investem, e defende a mudança do regime da Previdência (Segurança Social) para o sistema de capitalização.

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