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Face à crise, todo um novo mundo

Nos EUA, a administração de Trump anunciou hoje um novo pacote de estímulos à economia no valor de 850 mil milhões de dólares, que inclui ajudas do Estado às empresas e transferências diretas de dinheiro para as pessoas - algo de que não estavam sequer dispostos a ouvir falar há um par de dias. O secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, deixou claro que as medidas são para implementar com a máxima brevidade possível.
Itália já tinha aprovado 25 mil milhões de euros para apoios às famílias e empresas; em França, foram 45 mil milhões destinados às empresas. Em Espanha, Sánchez anunciou um plano de 200 mil milhões de euros para financiar subsídios de apoio aos mais velhos e vulneráveis, extensão do subsídio de desemprego e linhas de crédito para o setor empresarial. Depois da reunião entre os líderes da UE, Merkel deixou no ar a possibilidade de emissão de dívida conjunta na zona euro para financiar a despesa no combate ao vírus. As "coronabonds", como lhes chamou a Bloomberg, permitiriam reduzir bastante os custos de emissão de dívida, algo que a própria Alemanha não admitia sequer discutir em 2011/12, com o euro à beira do colapso. A dimensão da crise que atravessamos também se mede pela rapidez com que algumas ideias passam de impensáveis a necessárias aos olhos dos líderes mundiais.
Postado por Vicente Ferreira em Ladrões de Bicicletas
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