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“Fabrióleo polui e mente”

O Bloco de Esquerda do distrito de Santarém desmente as “afirmações autodesculpabilizadoras” da Fabrióleo. O ministério do Ambiente aponta que a empresa “possui um historial de descargas ilegais na Ribeira da Boa Água”. Neste sábado, realiza-se a Marcha pelo Tejo.
Distrital de Santarém do Bloco “denuncia a mentirosa manobra propagandística da Fabrióleo e apela à continuação da luta pela despoluição”
Distrital de Santarém do Bloco “denuncia a mentirosa manobra propagandística da Fabrióleo e apela à continuação da luta pela despoluição”

Em comunicado publicado nesta sexta-feira, a Fabrióleo diz que quer que o governo investigue “descargas ilegais na Ribeira da Boa Água (Torres Novas)”. Os dirigentes da empresa dizem que têm sido “objetivamente prejudicados nos processos de licenciamento e acusados publicamente como prevaricadores, sem que essa acusação seja confirmada pelas inúmeras investigações de que são alvo”. Apelam ainda “ao Governo e à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e às demais entidades competentes que realizem uma investigação isenta sobre quem polui os recursos hídricos da região e como o faz”.

Fabrióleo mente”

Em comunicado de imprensa, a distrital de Santarém do Bloco de Esquerda “desmente frontalmente estas afirmações autodesculpabilizadoras” e cita resposta do Governo ao grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (leia em anexo), que “em 9 de Agosto o governo informou exatamente o contrário, avançando informações muito concretas”.

A distrital bloquista “denuncia a mentirosa manobra propagandística da Fabrióleo e apela à continuação da luta pela despoluição”, apelando à participação na Marcha Pelo Tejo, que se realiza neste sábado, 24 de setembro de 2016, e que, às 17 horas, se concentrará “junto à Ribeira da Boa Água, perto do TorresShopping”, com a participação de Catarina Martins, Carlos Matias e diversos autarcas locais.

Historial de descargas ilegais”

Em resposta escrita enviada à agência Lusa, o Ministério do Ambiente salienta que tem vindo a acompanhar e a intervir “com vista à melhoria da qualidade da água do rio Almonda”, sublinhando que “têm sido efetuadas diversas ações de inspeção e de fiscalização das principais fontes de poluição”.

Segundo a Lusa, a nota do ministério do Ambiente frisa, em relação à Fabrióleo, que "é titular de uma licença de descarga no meio hídrico", mas "apesar disso, possui um historial de descargas ilegais na Ribeira da Boa Água, as quais têm vindo a ser detetadas por diferentes entidades".

O ministério diz ainda que das ações inspetivas resultaram a instauração de vários processos de contraordenação por incumprimento das normas de descarga de águas residuais em meio hídrico, por incumprimento das condições do título de descarga e pelo lançamento nas águas superficiais de produtos líquidos potencialmente poluentes.

"Para além dos processos de contraordenação anteriormente descritos, foram efetuadas diversas notificações a empresas e elaborado um auto de embargo (relativamente a construções ilegais no domínio hídrico realizadas pela Fabrióleo), tendo-se verificado o incumprimento do embargo", refere ainda a nota do ministério.

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