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Extrema-direita cresce na Alemanha, CDU perde duas regiões

O partido de Angela Merkel foi derrotado em duas das três regiões que foram a votos na Alemanha e o partido de extrema-direita obteve importantes resultados.
Foto de Marijan Murat/Lusa

Este domingo foram a votos três das dezasseis regiões da Alemanha. O desfecho eleitoral, interpretado como um castigo contra Merkel pela política defendida em relação aos refugiados, levou o partido de extrema-direita AfD (Alternativa para a Alemanha) a ultrapassar a barreira dos 5% e a entrar nos parlamentos dos três estados, Baden-Württemberg, Renânia-Palatinado e Saxónia. A AfD, partido abertamente anti-imigração, foi fundada há três anos e, após estas eleições, ficará representada em oito regiões alemãs, a 18 meses das eleições legislativas.

Frauke Petry, líder da AfD, em declarações ao Le Monde citadas pelo Público, afirmou que o anti-islamismo deveria ser o centro da política do partido e que a polícia deveria “usar armas de fogo” contra os refugiados que tentavam passar a fronteira, “incluindo as mulheres e crianças”. O líder regional do partido no estado da Turíngia, Björn Höcke, está publicamente relacionado com neonazis e afirma, segundo o Público, que é preocupante “o excedente da população em África”, e, enquanto a Europa acolher migrantes de África, “os comportamentos de reprodução dos africanos” não vão mudar.

Em Baden-Württemberg, os Verdes obtiveram 32.55% dos votos e a CDU 27,5%. Na Renânia, O SPD, partido social democrata que governa em coligação com a CDU, obteve a sua única vitória. Na Saxónia, a CDU obteve a sua única vitória, e a AfD 21,5% dos votos, ficando pela primeira vez em segundo lugar em eleições regionais.

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