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Exploração mineira a dois quilómetros da fronteira preocupa Bloco de Bragança

Espanha prepara-se para autorizar uma exploração mineira a céu aberto, em Calabor, a dois quilómetros da fronteira portuguesa e em zona protegida pela Rede Natura 2000.
Bloco de Bragança contra exploração mineira na fronteira
Foto de Bloco de Esquerda Bragança

Termina na próxima sexta-feira o período de consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do projeto de exploração mineira de estanho e volfrâmio a céu aberto e com lavagem de inertes, localizado em Calabor, Espanha, a dois quilómetros da fronteira portuguesa de Bragança.

A exploração vai ocupar mais de 2 mil hectares e terá grandes impactos negativos na paisagem, na fauna e na flora, de acordo com o EIA.

A Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Bragança, em comunicado, refere que “num ano tão atípico, sob o alerta das autoridades científicas e com a prova sentida, pelo alastramento da pandemia, é de espantar que ainda haja quem procure negar a gravidade das alterações climáticas, ou quem, por puro e ganancioso (des)interesse, prefira minorá-las, deixando às gerações futuras uma pesada e nefasta herança”.

A distrital bloquista vê “com espanto a postura displicente e o silêncio do governo português perante a exploração mineira a céu aberto, que se prevê em Calabor, Espanha, mesmo junto à fronteira portuguesa” e acrescenta que este projeto vai ter um grande impacto na saúde das populações, “assim como nos cursos de água da bacia hidrográfica do Douro e ainda no Parque Natural de Montesinho, podendo mesmo afetar a nível de extinção de espécies protegidas de fauna e flora”.

Os bloquistas acusam o governo português de “ser conivente e permitir abusos junto à fronteira”. Assim, exigem “uma tomada de posição oficial na defesa destas populações e destes territórios”.

O partido solidariza-se com as populações de Rio de Onor, Aveleda e Varge, que “poderão ser imensamente afetadas pela exploração mineira”, mas “o mesmo se poderá dizer relativamente ao Parque Natural de Montesinho que deve ser preservado com um investimento crescente”, conclui a nota.

A exploração mineira vai situar-se em plena zona ecológica da Rede Natura 2000.

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