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Exército israelita mata mais 3, fere mais 525
Vários milhares de palestinianos participaram nos protestos, Israel voltou a derramar sangue. Entre os mortos, encontra-se mais um menor, de 15 anos, identificado como Hayzam al-Jamal. Segundo Ashraf al-Qedra, porta-voz do Ministério da Saúde palestiniano, Hayzam foi atingido a tiro. A mesma fonte afirmou que Mohamed al-Baba, repórter fotográfico da agência France Presse, levou um tiro na perna direita e que um operador de câmara da televisão Al Aqsa (próxima do Hamas) sofreu um corte com uma lata de gás lacrimogéneo. Num comunicado, disse ainda que os soldados israelitas estavam a disparar “bombas de gás” contra as ambulâncias que tentavam ajudar os feridos no leste da cidade de Khan Yunes.
Dos 525 feridos, 7 estão em estado crítico, 92 foram feridos por munições reais, 20 por metralhadora, 19 pelo impacto das latas de gás lacrimogéneo; 300 estão a receber assistência hospitalar por inalação de gases.
GAZA: breakdown of casualties
525 wounded
3 killed
7 - severe wounds
94 - moderate woundsWounded by:
92 - live rounds
20 - rubber-tipped bullets
19 - shrapnel
300 - tear gas inhalation and other injuries* Data from Gaza Health Ministryhttps://t.co/1BPnHrN48I
— Haaretz.com (@haaretzcom) June 8, 2018
Cerca de 10 mil palestinianos estiveram a protestar durante esta sexta-feira em cinco locais ao longo da fronteira imposta por Israel. É a 11ª sexta-feira consecutiva de protestos e faz parte da mobilização chamada Marcha do Milhão a Jerusalém. Coincide com a última sexta-feira do Ramadão e com o Dia de Jerusalém, assinalando ainda o início da Guerra dos Seis Dias em 1967.
A “marcha do retorno”, que reivindica o regresso dos refugiados palestinianos às terras de onde foram expulsos após a criação do Estado de Israel, em 1948, começou a 30 de março. Desde então, contam-se 119 mortos palestinianos e vários milhares de feridos. Fathi Hammad, dirigente do Hamas, disse esta sexta-feira que os palestinianos “continuarão com as 'marchas do retorno' até que o bloqueio seja levantado e se consiga o direito a regressar".
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