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Europa: Centrais a carvão matam 23 mil pessoas por ano

As emissões de gases das centrais europeias que utilizam carvão são responsáveis pela morte prematura de cerca de 23 mil pessoas por ano, revela um relatório elaborado pelas organizações WWF, Climate Action Network, Heal (Aliança para a Saúde e Ambiente) e Sandbag.
Foto: Pibwl de Pl/Wikipedia

Com o título “A nuvem negra da Europa: como os países que utilizam carvão põem doentes os seus vizinhos", o relatório analisa os impactos na saúde 257 centrais europeias.

De acordo com o documento, em 2013, as emissões das centrais que utilizam aquele combustível fóssil provocaram 22.900 mortes prematuras, e  são a causa de dezenas de milhares de doenças cardíacas, bronquites e cancros.

Impacto devastador

Este estudo refere que "mais de metade das mortes prematuras nos países da União Europeia podem ser atribuídas a 30 centrais que utilizam carvão", adiantando ainda que “os custos na saúde devido ao impacto da utilização daquele combustível variam entre os "32,4 e os 62,3 mil milhões de euros".

Os cinco países mais afetados pela poluição do carvão proveniente de países vizinhos são a Alemanha com 3.630 mortes, a Itália 1.610, França 1.380, Grécia 1.050 e a Hungria que registou 700 óbitos.

Por seu turno, os cinco países cujas centrais provocaram mortes nos países vizinhos são a Polónia, com 4.690 mortes, Alemanha, com 2.490, Roménia, com 1.660, Bulgária, com 1.390, e o Reino Unido, com 1.350.

De acordo com aquele documento, as partículas finais são “o ingrediente mais tóxico” tendo provocado a morte de 19 mil pessoas devido a problemas respiratórios e sanguíneos.

O relatório faz ainda referência ao mercúrio produzido pela combustão daquele tipo de combustível, que “danifica o sistema nervoso de milhares de fetos na Europa todos os anos”.

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