EUA: Candidata presidencial Jill Stein quer recontar votos em três Estados

24 de November 2016 - 9:50

Segundo Jill Stein, do partido Verdes, “há provas evidentes de anomalias na votação” e “discrepâncias significativas nos votos”. Candidata está a recolher fundos para avançar com processo de recontagem de votos em Michigan, Pensilvânia e Wisconsin.

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A candidata presidencial considera que “estas dúvidas necessitam de ser investigadas antes da certificação dos resultados das eleições de 2016”. “Merecemos eleições em quem possamos confiar”, lê-se no comunicado de Jill Stein.

campanha online de angariação de fundos para avançar com o processo de recontagem lançada da candidata já recolheu, até ao momento, mais de 2,5 milhões de dólares.

Esta sexta-feira termina o prazo para requerer a recontagem de votos no Wisconsin, onde a margem de Trump é de 0,7%. Na Pensilvânia, onde a margem se fixa nos 1,2%, o prazo acaba na segunda-feira. Já no Michigan, onde a liderança de Trump é atualmente de apenas 0,3%, o prazo é quarta-feira, dia 30 de novembro.

Hillary pressionada a pedir recontagem

De acordo com o The Guardian, advogados e especialistas em eleições também sugeriram à ex-candidata presidencial Hillary Clinton que solicitasse a recontagem de votos nestes três Estados, para garantir que não foram manipulados por um ataque informático.

O jornal britânico avança que uma coligação de académicos e ativistas estão preocupados com a segurança da eleição e preparam-se para entregar um relatório a expor as suas preocupações às presidências dos comités do Congresso e às autoridades federais no início da próxima semana.

"Estou interessada em verificar a votação", disse Barbara Simons, consultora da comissão de assessoria eleitoral nos EUA e especialista em votação eletrónica. "Precisamos de ter auditorias pós-eleitorais", defendeu.

Um segundo grupo de analistas, liderado pelo advogado e fundador do National Vooting Rights Institute, John Bonifaz, e pelo professor Alex Halderman, diretor do Centro da Sociedade e Segurança Informática, da Universidade de Michigan, também estão a reivindicar uma recontagem, tendo contactado a campanha de Clinton esta semana.

Num artigo no jornal Medium, Halderman destaca que "a única forma de saber se um ataque informático mudou o resultado (eleitoral) é examinar cuidadosamente as provas físicas, os boletins de voto e o equipamento de voto em Estados críticos, como Wisconsin, Michigan e Pennsylvania".