ETT: Negócio da precariedade continua a crescer em Portugal

31 de March 2017 - 17:43

As empresas de trabalho temporário aumentaram a faturação a um ritmo de 100 milhões por ano entre 2014 e 2016.

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"Procissão de São Vitalino" [Vitalino Canas, deputado do PS e provedor das ETT] encenada na Marcha contra a Precariedade de 2006. Foto Paulete Matos.

Um estudo da Informa D&B a que o Jornal de Negócios teve acesso revela que as empresas de trabalho temporário (ETT) cresceram mais de 25% nos últimos três anos. A faturação das ETT em 2016 foi de 1.175 milhões de euros, mais 7.3% que em relação ao ano anterior.

Este ritmo de crescimento tem sido estável desde 2013, numa tendência que "permitiu que o valor do mercado se incrementasse em cerca de 300 milhões de euros entre 2013 e 2016”, diz o estudo citado pelo Negócios.

No final de 2016, o número de ETT legalizadas ascendeu a 230, mais 25 do que em 2014. Quase metade estão localizadas na região de Lisboa. Em 2015, o número de trabalhadores que são colocados através destas empresas a preencher postos de trabalho era de 84.089, o que representa um crescimento de 11.6% em relação a 2014.

Ainda segundo este estudo, as cinco maiores ETT detêm uma quota de mercado de 38% e a liderança deste mercado "é assegurada por um número reduzido de grandes grupos multinacionais, embora já existam concorrentes nacionais relevantes, normalmente operadores multisserviços com presença noutros ramos relacionados com a gestão de recursos humanos".