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#EstudoEmCasa: Telescola arrancou para mais de 850 mil alunos

Ensino complementar pela televisão pretende apoiar os cerca de 50 mil estudantes do ensino básico sem acesso à internet ou a ferramentas digitais que lhes permitam acompanhar o ensino à distância. Mas os diretores escolares consideram que esta será uma ferramenta usada também pelos restantes alunos.

Durante todo o terceiro período, cerca de 850 mil alunos do ensino básico poderão contar com a televisão para aceder às aulas de apoio, onde poderão aprender à distância enquanto durar o confinamento causado pela pandemia da covid-19.

São certa de 112 os professores que, entre as 9h e as 17h30, irão lecionar à distância no âmbito da iniciativa #estudoemcasa, um conjunto suplementar de recursos educativos. Esta iniciativa foi criada pelo Ministério da Educação, e que hoje começa a ser transmitido diariamente pela RTP Memória. O horário das aulas à distância pode ser consultado no site da RTP.

Os primeiros alunos serão os do 1º e 2º ano de escolaridade, seguidos pelos alunos do 3º e 4º ano. O horário escolar começa sempre pelos estudantes mais novos, com o bloco final, a meio da tarde, dedicado ao 9º ano. Para a maioria dos estudantes estas aulas de apoio terão a duração de uma hora por dia, divididas em blocos de 30 minutos.

Encerradas as escolas desde 16 de março, a maioria dos alunos em Portugal tem tido aulas em casa através de plataformas virtuais ou da troca de e-mails com os docentes. Porém, estima-se que, só no ensino básico, sejam cerca de 50 mil os estudantes sem acesso à internet em casa ou a computadores e demais ferramentas que lhes permitam acompanhar as aulas ao ritmo dos restantes colegas. É sobretudo para estes estudantes que o projeto da ciberescola foi criado.

Contudo, para Filinto Lima, diretor de um agrupamento de escolas de Vila Nova de Gaia e presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), esta ferramenta será aproveitada pela maioria dos docentes, mesmo aqueles cujos alunos têm total acesso às ferramentas digitais.

“É um complemento às aulas que estão a dar e acho que ninguém o vai desperdiçar. Vão usar os alunos que não têm Internet e os outros também”, contou à Lusa.

Além de disponíveis em direto na RTP Memória, será possível aceder posteriormente aos conteúdos do #Estudoemcasa através da RTPPlay.

De momento, só está em cima da mesa o regresso às aulas presenciais dos alunos do 11º e 12º ano. Assim, os alunos do ensino básico farão todo o terceiro período à distância, regressando à escola apenas em setembro, no próximo ano letivo.

Termos relacionados #FicaemCasa, Sociedade
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