Uma investigação do Instituto de Telecomunicações (IT) concluiu que as estações base do SIRESP não têm autonomia suficiente no caso de faltar a energia. Assim, a autonomia de seis horas foi considerada pelos estudiosos “claramente insuficiente” nos casos de situações de emergência e segurança. Contudo, é a que está prevista no contrato que foi assinado com a empresa do SIRESP, detida maioritariamente pela Altice Portugal (52,10%). No caso, o Estado tem uma posição minoritária (33%).
A TSF acedeu ao documento “Estudo do funcionamento do SIRESP - Parte II”, que pede mais estações móveis e mais formação. Para mais, afirma peremptoriamente que “A indisponibilidade da Rede admitida pelo contrato é muito superior à aceitável numa rede de emergência e segurança”.
Assim, o estudo indica que o contrato assinado com o Estado exige ao SIRESP uma disponibilidade de 99,9%, mas o problema está na fórmula de cálculo definida contratualmente. “A disponibilidade contratualizada, devido ao modo de cálculo definido, é claramente inferior ao aceitável para uma rede de emergência e segurança”, pode ler-se no estudo.
Os investigadores indicam, assim, que a rede SIRESP apresenta fragilidades inaceitáveis numa rede de emergência e segurança, principalmente no que concerne à maior parte das ligações entre as estações base e os comutadores, que devem ser substituídas por ligações via rádio.