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Estivadores de todo o mundo bloqueiam mercadorias israelitas

Navios da maior empresa de transporte de carga de Israel têm sido impedidos de descarregar a sua mercadoria e as exportações para Israel de munições e armamento são bloqueadas. Estivadores de África do Sul, Itália, Estados Unidos e Canadá já aderiram à iniciativa #BlockTheBoat.
Foto publicada na conta de Twitter de @shakspeak.

Em resposta às atrocidades cometidas por Israel, a Federação Geral Palestiniana de Sindicatos (PGFTU) e uma grande coligação de todos os principais sindicatos de trabalhadores palestinianos e associações profissionais apelaram a sindicatos e trabalhadores de todo o mundo para que boicotassem Israel e as empresas que são cúmplices do seu regime de apartheid. Em causa está, essencialmente, recusar “lidar com mercadorias israelitas" e apoiar “os membros [sindicais] que se recusam a construir armas israelitas".

A campanha #BlockTheBoat está novamente em marcha

Em 2014, a iniciativa Block the Boat impediu a empresa israelita ZIM - a maior e mais antiga empresa de transporte de carga de Israel - de atracar e descarregar as suas mercadorias no porto de Oakland, Califórnia. Os estivadores deste porto integrados no International Longshore and Warehouse Union (ILWU) respeitaram o piquete e recusaram-se a lidar com a carga israelita. Esta ação inspirou estivadores noutros lugares dos EUA a seguir o exemplo.

Cinco anos antes, durante o massacre de Israel em Gaza, e em resposta ao pedido do movimento BDS, o Sindicato dos Trabalhadores de Transporte e Aliados da África do Sul (SATAWU), em Durban, foi o primeiro no mundo a recusar-se a descarregar um navio israelita.

Este ano, no início de maio, a campanha ganhou novo fôlego, com os sindicatos sul-africanos, em aliança com a Coligação BDS da África do Sul, a recusarem manusear a carga de um navio israelita em Durban. Os estivadores de vários portos italianos também aderiram ao movimento de solidariedade, bloqueando um carregamento de munições e armamento destinado a Israel.

No final de maio e início de junho, o navio porta-contentores Volans, da ZIM, tentou atracar em Oakland, mas, mais uma vez, os estivadores filiados no ILWU recusaram-se a descarregar as mercadorias.

Entretanto, na segunda-feira, o Volans tentou descarregar a sua mercadoria em Prince Rupert, um dos portos mais movimentados da costa canadiana, na província de Colúmbia Britânica. Dez manifestantes formaram um piquete à entrada do terminal de contentores e os estivadores recusaram manobrar a carga israelita. De acordo com a CBC, num email enviado aos 505 estivadores da ILWU em Prince Rupert, o Conselho Internacional de Trabalhadores Portuários manifestou a sua “solidariedade aos camaradas que optaram por não furar o piquete para defender uma causa tão nobre”.

“Vamos enviar a mensagem de que o regime colonialista e de apartheid de Israel e a exploração do apartheid de ZIM não são bem-vindos nos nossos portos, como foi feito contra os navios sul-africanos do apartheid. Enviaremos uma mensagem ao mundo de que os trabalhadores apoiam o movimento BDS pela liberdade, justiça e igualdade”, apela o BDS.

 

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