Está tanto por fazer na democracia

25 de April 2022 - 13:05

Catarina Martins reagiu ao discurso do Presidente nas comemorações do 25 de abril sublinhando que "há tanta gente que sente na dificuldade da sua vida que a promessa de liberdade e de igualdade não está cumprida” e é preciso “criar as condições para que haja salários dignos, acesso à saúde, à educação, à habitação”.

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O presidente da República centrou o seu discurso na cerimónia comemorativa do 25 de abril esta segunda-feira nas Forças Armadas. Catarina Martins reagiu dizendo que "a sua importância que deve ser reconhecida" e é "natural" e "absolutamente certo" que se faça nesta data porque "o contributo das Forças Armadas para o 25 é absolutamente determinante", fazendo questão de expressar gratidão. Quer pelos capitães de abril terem feito golpe que dá origem à revolução quer por terem sido "parte importantíssima do movimento de contestação da guerra colonial que abriu portas à democracia".

Mas a coordenadora do Bloco lembrou igualmente outros temas pegando no facto de que "pela primeira vez que comemoramos o 25 de abril com mais tempo de democracia do que ditadura". Para ela, "a democracia não se pode contar pelo tempo tem de se contar pela qualidade". Salientando que "voltar para trás" considerou "bonito" que nas galerias do hemiciclo se tivesse cantado Grândola, Vila Morena, e se tivesse repetido "fascismo nunca mais".

A dirigente bloquista acredita que "está tanto por fazer na democracia" e isto "porque há tanta gente que sente na dificuldade da sua vida que a promessa de liberdade e de igualdade não está cumprida". Pelo que "comemorar mais tempo de democracia do que de ditadura não pode ser um ato cerimonial mas tem de ser um compromisso para essa capacidade inventiva de um povo de criar as condições para quem trabalha seja respeitado, para que haja salários dignos, acesso à saúde, educação, habitação e para que se responda aos grandes desafios do nosso tempo como o clima, ou a paz".

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