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Espanha aumenta salário mínimo e declara emergência climática

Uma das medidas previstas no programa de governo do PSOE e Unidas Podemos começa a ser concretizada a partir de agora. O objetivo assumido é de aumentar o salário mínimo em Espanha para 60% do salário médio, cerca de 1200 euros, até ao final da legislatura.
O primeiro passo foi dado com um acordo envolvendo sindicatos e associações patronais para um primeiro aumento de 50 euros, que corresponde a uma subida de 5.5%, elevando assim o salário mínimo aos 950 euros. O aumento terá efeito retroativo a 1 de janeiro e abrange mais de dois milhões de trabalhadores.
No ano passado, a subida do salário mínimo também acordada pelo PSOE com o Unidas Podemos foi ainda mais pronunciada — cresceu 22%, de 735 euros para os 900 euros — mas sem acordo com os parceiros sociais.
Segundo a imprensa espanhola, uma das condições colocadas pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez para o aumento deste ano foi que se fizesse em diálogo com sindicatos e patrões. O líder do Podemos, Pablo Iglesias, negociou com a associação patronal desde dezembro, quando ainda não era certa a maioria para investir o novo governo.Coube à nova ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, fechar o acordo com os parceiros sociais. Num vídeo publicado nas redes sociais, a ministra agradeceu aos parceiros sociais e afirmou que “esta medida serve para melhorar a qualidade de vida” de quem trabalha.
Hoy es un día muy importante para las trabajadoras y trabajadores de este país. Conseguimos un gran acuerdo social para subir el salario mínimo a 950€.
Lo explico en este vídeo #SMI950 pic.twitter.com/TaPkXHJInI
— Yolanda Díaz (@Yolanda_Diaz_) January 22, 2020
Depois do Reino Unido e Irlanda, Espanha declara emergência climática
Esta semana, o governo espanhol anunciou que vai decretar o estado de emergência climática no país e apresentou 30 medidas, cinco das quais a concretizar nos primeiros cem dias do mandato, para atingir a neutralidade carbónica em 2050.
"Sabemos que não abordar este grande desafio é muito regressivo do ponto de vista social e tem enormes custos do ponto de vista económico e ambiental. E porque são as instituições, independentemente da sociedade no seu conjunto, a atuar contra a mudança climática. As instituições tem uma capacidade de atuação, orientação e acompanhamento completamente distinta", afirmou a ministra e vice-presidente do governo, Teresa Ribera, citada pela Euronews.
Um dos objetivos é produzir 95% da eletricidade a partir de fontes renováveis até 2040 e eliminar a poluição do transporte rodoviário pesado. Nos primeiros 100 dias do mandato, o executivo conta apresentar a Lei das Alterações Climáticas e Transição Energética, o plano de descarbonização da economia, o plano nacional de adaptação, mas também criar um mecanismo de participação com uma Assembleia Cidadã e tentar “integrar a perspetiva do clima nos setores produtivos” para favorecer a sustentabilidade das atividades económicas.
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