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Equador cortou acesso de Assange à Internet
O governo equatoriano confirma que "restringiu temporiamente o acesso a algumas comunicações privadas" de Julian Assange, fundador da WikiLeaks, depois de este site ter publicado discursos de Hillary Clinton pagos pela Goldman Sachs. Estados Unidos negam qualquer envolvimento.
Hillary Clinton deu três discursos em Wall Street à Goldman Sachs, pelos quais foi paga pelo banco de investimento. O facto de Clinton ter sido paga pela Goldman Sachs por discursos cujo conteúdo era, até à data, desconhecido, foi algo duramente criticado pelo seu opositor democrata Bernie Sanders durante a campanha para anomeação presidencial. O conteúdo dos discursos foi recentemente divulgado pela WikiLeaks, sem que Clinton tenha confirmado a sua veracidade.
Assange encontra-se exilado na embaixada equatoriana em Londres desde 2012. Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Equador afirma que "a WikiLeaks publicou uma série de documentos, com impacto na campanha eleitoral norte-americana”. O "Governo do Equador respeita o princípio de não-intervenção nos assuntos internos de outros Estados. Não interfere nos processos eleitorais externos, nem o faz a favor de nenhum candidato em particular”.
"Esta restrição temporária não impede a WikiLeaks de prosseguir com as suas actividades jornalísticas”, afirma o governo sul americano. A WikiLeaks publicou uma série de tweets denunciando o corte no acesso à internet de Assange, e relacionou-o com a divulgação de e-mails com discursos de Hillary Clinton, pagos pela Goldman Sachs. Segundo a WikiLeaks, John Kerry, secretário de Estado norte-americano, interveio junto do Governo do Equador para evitar a publicação de “documentos de Clinton durante as negociações de paz com as FARC”.
We can confirm Ecuador cut off Assange's internet access Saturday, 5pm GMT, shortly after publication of Clinton's Goldman Sachs speechs.
— WikiLeaks (@wikileaks) October 17, 2016
BREAKING: Multiple US sources tell us John Kerry asked Ecuador to stop Assange from publishing Clinton docs during FARC peace negotiations.
— WikiLeaks (@wikileaks) October 18, 2016
Os Estados Unidos negaram qualquer envolvimento no caso.
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