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Energia: Lucros das exportações russas para a UE dispararam este ano

Os Estados-Membros da União Europeia gastam cerca de 14 mil milhões de euros mensais na compra de produtos energéticos, isto é, carvão, petróleo e gás. Este valor representa um aumento de quase 90%, pois no ano passado a média mensal de importações europeias era de cerca de 7,3 mil milhões.
Apesar das várias sanções da UE aplicadas às exportações russas terem diminuído os seus volumes de compra, os preços têm vindo a registar uma escalada nos últimos meses desde o início do conflito. Para isso têm contribuído as sucessivas rondas de estrangulamento do fornecimento, com crescentes ameaças. Entre 1 de janeiro e 15 de agosto, em comparação com o ano passado, as exportações de gás da Gazprom caíram 36,2% e a produção reduziu-se em 13,2%.
Tudo indica que os preços se irão manter nesta trajetória crescente. A semana passada, a Gazprom anunciava: “Os preços à vista do gás na Europa chegaram a 2.500 dólares (por mil metros cúbicos). De acordo com estimativas conservadoras, se essa tendência persistir, os preços ultrapassarão 4.000 dólares por mil metros cúbicos neste inverno”.
Segundo a Reuters, globalmente a Rússia teve um ganho com as suas exportações de 337,5 mil milhões de dólares, isto é, um aumento de 38% em 2021. Para além do aumento substancial dos preços de gás, a Rússia tem apostado também na produção de petróleo, motivada pelas sanções e pela compra crescente no mercado asiático.
Em junho, o jornal New York Times sublinhava que a maior parte da nova produção de petróleo era dirigido para a China e Índia. As importações chinesas aumentavam 28% em maio face a abril e a Índia tinha passado a comprar mais de 760.000 barris por dia.
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