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Encontro Nacional de Saúde promovido pelo Bloco decorre este sábado em Lisboa

Moisés Ferreira explica que o Encontro terá a participação de pessoas de fora do Bloco para discutir formas de transformar o SNS num serviço “efetivamente público, gratuito, universal, geral e que garante um acesso a todos os utentes”.

O Bloco de Esquerda promove o Encontro Nacional de Saúde este sábado, em Lisboa, na Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, e decorrerá ao longo de todo o dia.

À Lusa, Moisés Ferreira destacou: "O Bloco de Esquerda, como acredita no SNS, mas tem como objetivo transformá-lo, quer discutir com muitas pessoas, a maior parte delas até nem pertencendo ao Bloco de Esquerda, mas que têm pensamento e têm propostas sobre o SNS".

O dirigente do Bloco salienta que no encontro serão discutidas “as formas de transformar o SNS para garantir que ele é efetivamente público, gratuito, universal, geral”, assegurando “um acesso a todos os utentes” aos cuidados de saúde primários, médico de família, equipa de família, saúde oral, saúde visual, saúde mental, áreas nas quais o SNS tem “estado obviamente a falhar”.

Moisés Ferreira sublinha que o objetivo é “debater com quem obviamente pensa o SNS de um ponto de vista do serviço público que deve ser prestado à população”, mas alargar esta discussão para lá do partido para serem encontrados “caminhos comuns e pontes de convergência”.

Com a maioria absoluta, "Governo já desistiu da meta dos médicos de família para todos os utentes"

“O programa do atual Governo desistiu da meta de médico e equipa de família para todos os utentes. É um sinal preocupante porque mostra que há uma espécie de atirar a toalha ao chão e há muitos problemas que se têm agudizado”, lamenta Moisés Ferreira, considerando que “o SNS está a passar por um momento muito difícil como é fácil de constatar”.

Entre as dificuldades que vive o SNS, Moisés Ferreira destaca o facto de 1,3 milhões de utentes estarem sem médico de família, a dificuldade de acesso ao SNS, por exemplo aos cuidados de saúde primários, e os “problemas crónicos para os quais não tem sido encontrada solução” e que se têm agudizado como o acesso à psicologia, saúde mental, saúde oral e saúde visual.

“Este encontro serve como pontapé de saída para esse longo caminho que temos agora que fazer, principalmente nesta legislatura de maioria absoluta de um partido, o PS, que parece logo no início do seu novo Governo já ter baixado os braços em assuntos tão importantes como o das equipas e médicos de família para toda a gente”, realça.

Da parte da manhã, terá lugar o painel “A transformação necessária para um SNS de futuro”, que terá como oradores o professor catedrático jubilado e antigo diretor geral de saúde Constantino Sakellarides, a médica Isabel do Carmo, o economista da saúde Julian Perelman e a jurista Carla Barbosa.

A partir das 11h30 decorrerá o debate sobre “Cuidados de Saúde Primários e Acesso à Saúde” e à tarde terá lugar o painel “Como captar e fixar profissionais no SNS?”.

O Encontro será encerrado por Catarina Martins.

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