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Emirados Árabes Unidos põem fim ao boicote a Israel

Com o decreto assinado este fim-de-semana tem fim uma lei de 1972 que dizia que os Emirados Árabes Unidos só reconheceriam Israel quando os palestinianos tivessem o seu próprio Estado.
Emirados Árabes Unidos põem fim ao boicote a Israel
Fotografia de Atef Safadi/EPA/Lusa.

As divergências na interpretação da cláusula relativa à anexação de mais territórios na Cisjordânia não impediram que o acordo histórico entre os Emirados Árabes Unidos (EAU) e Israel avançasse.

Este fim de semana, Khalifa bin Zayed AL Nahyan emitiu um decreto que põe fim ao boicote dos EAU a Israel e abre caminho aos negócios e acordos comerciais entre os dois países, tal como previsto no Acordo de Abraão. Com este decreto tem fim uma lei de 1972 que indicava que Israel só seria reconhecido quando os palestinianos tivessem o seu próprio Estado. 

O fim do boicote económico tem como objectivo “apoiar a cooperação bilateral com o intuito de estabelecer relações bilaterais”, bem como “estimular o crescimento económico e promover a inovação tecnológica”, noticiou a WAM, agência estatal dos EAU. 

O Acordo de Abraão foi assinado no passado dia 13 de agosto e normaliza as relações diplomáticas entre os dois Estados. Com a assinatura deste acordo, os EAU passam a ser o terceiro país árabe a reconhecer Israel, seguindo-se ao Egito e à Jordânia.

A grande moeda de troca da parte de Netanyahu era o fim da anexação de mais territórios na Cisjordânia. Porém, nem um dia depois já o presidente de Israel vinha a público esclarecer que nada estava cancelado e que a anexação fora meramente “adiada”. 

A notícia foi recebida com acusações de traição em toda a Palestina e países como a Turquia e o Irão vieram a público fazer ouvir a sua oposição ao acordo. 

Ainda não são certos todos os resultados do acordo pois as negociações ainda estão a decorrer, mas em cima da mesa está a abertura de embaixadas nos EAU e Israel e os detalhes da abertura das ligações aéreas e económicas. Esta segunda feira terá lugar o primeiro voo comercial de Israel a Abu Dhabi. Entre outras pessoas a bordo, estarão membros do governo de Benjamin Netanyahu e Jared Kushner, genro e e conselheiro de Donald Trump.

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