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Emigrantes “não são menos portugueses por estarem fora de Portugal”

Marisa Matias jantou, este domingo, com emigrantes portugueses em Paris, e afirmou que “não tem sido dada a devida atenção” aos portugueses que vivem no estrangeiro, defendendo que “têm todos direito à dignidade e a ver os seus direitos garantidos”.
Foto de Paulete Matos

Marisa Matias afirmou em Paris, num jantar com portugueses emigrados em França, não acreditar numa “resposta xenófoba, mas de solidariedade” face ao fluxo de refugiados que chega à Europa e reagindo às notícias dos dois alegados kamikazes dos atentados de Paris que teriam entrado na Europa como refugiados”.

A candidata a Belém reforçou a ideia de que é preciso distinguir o que se passou em Paris e “a situação dos refugiados”, pois tal como católicos, judeus e ateus, 1300 milhões de muçulmanos também condenam estes ataques.

A candidata a Presidente da República lembrou, igualmente, a história de Portugal na década de 60, em que “também havia muros e fronteiras, tudo policiado, patrulhamento por todo o lado, ninguém podia sair e um milhão de portugueses – porque precisaram desesperadamente de melhorar a sua vida e procurar um outro destino para fugir à ditadura – passaram a fronteira, saíram a salto”, recordou, acrescentando que os portugueses “saberão reconhecer nas pessoas que procuram salvar as sua vidas alguma história comum”.

 “O que se continua a passar com o BES é uma vergonha”

No jantar na capital francesa esteve também Helena Batista, porta-voz do Movimento dos Emigrantes Lesados do BES/ Novo Banco, a quem Marisa Matias respondeu dizendo que “a emigração tem sido um ponto importante” no trabalho que tem vindo a realizar, e que tem sido prestada ajuda “ na medida do possível” no que respeita aos emigrantes lesados do BES.

“Eu, ao contrário do Presidente da República, não tenho amigos no BES, portanto, não terei nenhum interesse particular a proteger, a não ser o interesse coletivo, mas esse é de todos”, esclareceu.

A candidata presidencial apoiada pelo Bloco, adiantou, ainda, que se for eliminada à primeira volta apoiará “qualquer um dos candidatos ou candidatas da esquerda”, pois como havia dito na apresentação da sua candidatura em Lisboa, “esta candidatura vem para somar e não para subtrair, vem para agregar, vem para mobilizar” e numa eleição duas voltas “não há vencedores à partida”. Foi “a multiplicação de candidaturas que fez com que se comece a colocar um cenário em que o candidato da direita não tem vitória à primeira volta”, frisou.

Para propor a candidatura de Marisa Matias a Presidente da República, clique aqui.

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