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“As eleições não são um concurso de popularidade nem de antiguidade"
Marisa Matias visitou hoje a Escola Secundária Avelar Brotero, em Coimbra, um dia depois do comício em Lisboa onde teve um discurso claramente centrado na defesa da escola pública, que se exige “universal, de qualidade e inclusiva”.
Em Coimbra, cidade onde fez os seus estudos até ao doutoramento, sublinhou que "as pessoas são muito adultas e sabem bem em que vão votar, não precisam de recomendações" de voto para o dia 24 de janeiro. Esclareceu que não presume “nunca nada em relação ao que é a vontade dos eleitores” e esclareceu que, na corrida a Belém “sou mais pessoas, e menos números”.
Quem decide, é quem vota
A candidata presidencial não deixou no entanto de enfatizar que “nunca tivemos uma mulher eleita para a Presidência da República ou uma mulher eleita para primeira-ministra”, salvo Maria de Lurdes Pintasilgo, que foi uma “magnífica primeira-ministra mas por nomeação”, e questionou-se sobre como é isso aconteceu“ao fim de 41 anos de democracia”.
"Essa questão deve colocar-se numa sociedade que é composta maioritariamente por mulheres. Porque é que as mulheres servem para todos os cargos, para todos os trabalhos de igual forma, têm menos salários do que os homens para as mesmas funções e com as mesmas qualificações. Mas chegamos ao topo, seja nas funções de Estado, seja das grandes administrações, e não encontramos mulheres", lamentou.
A candidata lembrou, por fim, que nesta campanha, todos os candidatos e candidata têm a obrigação de “apresentar as propostas, para falar do país que querem, como é que pensam nele e como é que pensam executar as funções caso sejam eleitos Presidente da República”, e reafirmou que “as eleições não são um concurso de popularidade nem de antiguidade".
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