“É preciso que haja uma aposta de escala europeia na reestruturação das dívidas”, afirmou José Manuel Pureza

07 de March 2016 - 15:00

Uma delegação do Bloco esteve reunida em Lisboa com o ministro-adjunto alemão, Michel Roth, tendo sublinhado a necessidade de uma política europeia diferente a nível económico e social.

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Para o deputado, é preciso abandonar a política de "castigo" que a UE tem seguido em relação às economias periféricas.

No final do encontro, José Manuel Pureza disse que para além das questões relacionadas com os refugiados, foram também abordados outros assuntos como a renegociação da dívida.

"É necessário que haja uma política europeia diferente da que tem sido seguida, que tem sido uma política de castigo, de empobrecimento das economias periféricas, como a portuguesa, afirmou o deputado bloquista, acrescentando: “é preciso que haja uma aposta de escala europeia na reestruturação das dívidas dos países com problemas económicos e sociais mais sérios".

Questinado pelos jornalistas, José Manuel Pureza disse que o governante alemão está “naturalmente inteirado” do "tipo de responsabilidades e da intensidade de responsabilidades" que o Bloco tem na solução governativa portuguesa.

No que diz respeito à problemática dos refugiados, o deputado do Bloco sublinhou que União Europeia tem de manter uma "política de respeito pelos direitos humanos", e Portugal tem "uma quota-parte dessa responsabilidade".

"Há tanto por fazer. Esse é um desafio para o governo português, para as autoridades políticas em Portugal e para a sociedade civil no seu todo", afirmou aquele dirigente tendo sublinhado ainda ser necessário haver um “empenhamento” muito grande por parte da UE num processo de paz estável, na Síria, na Líbia, no conjunto de países que são afinal o ponto de origem destes fluxos de refugiados.

"Não podemos ignorar as condições das pessoas que batem à nossa porta"

“ Espermos que não haja uma política de 'tamponamento' de fluxos de refugiados às portas da Europa”, disse o dirigente político que acentuou a necessidade de existirem “ passagens seguras para os refugiados, para os que fogem à perseguição e à guerra”.

“ Isso implica segurar as rotas de acesso e não fazer uma política de ignorância da condições em que chegam as pessoas que batem à nossa porta para terem um vida com um mínimo de dignidade”, sublinhou.

Na reunião estiveram ainda presentes a deputada Isabel Pires e Luís Fazenda.