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“É preciso começar a devolver a dignidade às pessoas”
No debate da RTP1, onde estiveram também presentes os eurodeputados Elisa Ferreira (PS) e José Manuel Fernandes (PSD), Marisa Matias afirmou que o anterior governo “nunca cumpriu uma única meta, limitando-se a antecipar receitas e a mascarar as contas, situação que se reflete no estado atual do país que tem uma dívida pública insustentável”.
Lembrando que Bruxelas tem de respeitar a vontade dos povos e que não pode haver diferenças entre os países, a eurodeputada do Bloco afirmou que o drama em torno do Orçamento do Estado para este ano “não passa de um spin feito pela direita para incutir medo”.
Para Marisa Matias, este orçamento não é perfeito, mas visa repor alguma justiça depois do ciclo de empobrecimento que degradou os salários e as pensões dos portugueses, tendo ainda aumentado o desemprego e a pobreza.
Referindo que a austeridade não destruiu apenas a economia, sublinhou que "o orçamento resulta de uma negociação firmada entre quatro forças políticas responsáveis que permitiu começar a percorrer um caminho para colocar um fim à austeridade".
o orçamento resulta de uma negociação firmada entre quatro forças políticas responsáveis, que permitiu começar a percorrer um caminho para colocar um fim à austeridade.
Não deixando de recordar que o anterior governo cortou o complemento solidário para idosos a 70 mil pessoas, aumentou o IRS em 3.940 milhões de euros e quando a troika já se tinha ido embora aumentou também os combustíveis, Marisa Matias criticou as “ jogadas contabilísticas” do executivo de Passos e Portas e rejeitou liminarmente o aumento das exportações feito à custa da diminuição das importações devido à quebra da procura interna porque muitas pessoas não têm sequer dinheiro para comer.
“Não é este o país que eu quero. É por isso que é importante devolver a dignidade às pessoas”, realçou.
Sobre a questão do horário das 35 horas, a dirigente do Bloco disse que ele é fundamental para "criar emprego, dinamizar a economia e a sustentabilidade da Segurança Social".
“ Defendo as 35 horas para o setor público e para o setor privado”, afirmou, tendo acrescentado: “ se começar pelo público não é por razões de discriminção, antes porque deve ser o Estado a dar o exemplo.”
A finalizar, e falando sobre o investimento, disse não querer o investimento de "obra feita" levado a cabo pelo anterior governo. E explicou: “Esse investimento foi feito à custa das privatizações; venderam a EDP, os CTT, entre outras empresas, ou seja, tudo o que puderam".
“O investimento passa antes pela criação de empregos, pela dinâmica da economia e isso não pode ser feito se não houver dinheiro”, acentuou.
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Vocês não acreditam que os
Vocês não acreditam que os governos dos países (endividados e pobres) já não mandam nada! Por muito que os governos batam o pé, (exemplo da Grécia) sempre terão que recuar e fazer o que eles querem, porque as ameaças são assustadoras! E então o que pode fazer o anãozinho perante um elefante tão grande prestes a esmagar o pobre coitado do anão? O mal todo, foi pedir dinheiro aos ladrões, foi o mesmo que aconteceu com as famílias, também caíram na esparrela de pedir dinheiro a qualquer ladrão que prometia todas a facilidades, e agora andam atrás das pessoas com ameaças das mais ordinárias que há. Vivemos num mundo cão e nojento, e no mundo financeiro o nojo é tal que dá vómitos.
subscrevo 100% o comentário
subscrevo 100% o comentário anterior!!!
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