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“É inexplicável que o governo não tenha requisitado a saúde privada”

Em Moimenta da Beira, Catarina Martins valorizou o trabalho agrícola, exigiu generalização de rastreios a trabalhadores que continuam em funções e defendeu a requisição do setor privado da saúde. “Alguns preferem que isso não aconteça para que os privados continuem a chantagear o Estado”, denunciou.
Catarina Martins em Moimenta da Beira na Cooperativa Agrícola do Távora, Janeiro de 2021.
Catarina Martins em Moimenta da Beira na Cooperativa Agrícola do Távora, Janeiro de 2021.

Catarina Martins visitou este sábado a Cooperativa Agrícola do Távora, em Moimenta da Beira, Viseu. Fê-lo para mostrar a sua importância na região e para dar uma palavra especial às pessoas que “estão a trabalhar para termos acesso aos bens que são essenciais”. Em altura de novo confinamento, “é o momento de olharmos com muito cuidado para estes setores às vezes mais invisíveis e que são também a espinha dorsal do país”.

A este propósito lançou dois apelos. O primeiro no sentido de valorizar o setor agrícola “porque precisamos muito dele para a coesão territorial”. O segundo que todos os setores que continuam a funcionam tenham “condições para o fazer”. Nesse sentido, “a generalização de rastreios é muito importante”, destacou, numa cooperativa que tomou a iniciativa de fazer um rastreios aos trabalhadores por sua iniciativa.

Para a dirigente bloquista, os rastreios são “fundamentais” para que se “possa trabalhar em segurança”. Como a tecnologia hoje permite rastreios “com poucos custos e de forma generalizada”, então deve ser utilizada em nome da saúde “das pessoas que não podem parar”.

Porque o Serviço Nacional de Saúde “está sob enorme pressão”, a coordenadora do Bloco acha que todos “temos de contribuir para travar ao máximo o contágio” mas que são também precisas políticas públicas, nomeadamente “clareza sobre o que está fechado e o que está aberto, clareza sobre a forma como as famílias se podem organizar neste momento e reforço do SNS”. E ainda

“garantir os apoios aos setores que encerram, os apoios aos trabalhadores, os apoios às famílias para que possam ficar em casa num momento em que está tanto frio”, exemplificou.

Há algumas pessoas que preferem que não haja requisição para que os privados possam continuar a chantagear o Estado”

Sobre a utilização da saúde privada no combate à pandemia, Catarina Martins considerou “inexplicável que o governo ainda não tenha utilizado a possibilidade que tem de requisição da capacidade instalada no setor privado e social para responder a tudo o que é prioritário na saúde deste país, tanto Covid como não-Covid”. Para o Bloco isto é “fundamental” por isso tem vindo a “dizê-lo desde março”.

O partido acha inaceitável que haja “algumas pessoas que preferem que não haja requisição para que os privados possam continuar a chantagear o Estado e a lucrar com a pandemia”. E questionou: “pedimos sacrifícios aos negócios mais pequenos, pedimos aos café e aos restaurantes para pararem, pedimos aos cabeleireiros para fecharem e não podemos requisitar a um preço justo o setor privado e social da saúde para garantir todos os cuidados necessários no país?”

É, então, “momento de chamarmos todos. Não para dar um negócio aos privados” mas para pagar serviços “a preço justo e fazer com que toda a gente colabore para garantir o direito à saúde no país”, fazendo face “a tudo o que são cuidados prioritários”.

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