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Dono do Pingo Doce ganhou 263 vezes mais que a média de trabalhadores da sua empresa

Os mais recentes dados sobre a disparidade salarial nas grandes empresas portuguesas foram divulgados pela DECO, através de uma análise às remunerações praticadas em 17 empresas cotadas em bolsa.
Segundo a Rádio Renascença, à frente deste ranking da desigualdade está a Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce. O seu CEO, Pedro Soares dos Santos, viu a remuneração aumentar 19,3% em 2021 para mais de três milhões de euros, um valor quase 263 superior à média do que recebem os trabalhadores do grupo de distribuição. Para estas contas não entraram os 9,3 milhões que recebeu a título de contribuição extraordinária para o plano de pensões.
Em segundo lugar surge a líder da Sonae, Cláudia Azevedo, com 1,6 milhões de euros em remunerações, ou seja, 77 vezes mais do que a média dos seus trabalhadores. Segue-se Gonçalo Moura Martins, da Mota Engil, com um rendimento anual 73,3 vezes acima da média salarial praticada na empresa de construção.
Em 11 das 17 empresas analisadas, a disparidade salarial entre o CEO e a média do que paga aos seus trabalhadores é superior a 20 vezes. E esse fosso, que era de 29,6 vezes em 2020 aumentou em 2021 para 32,2. A subida explica-se pelo aumento das remunerações variáveis dos CEO, normalmente indexadas aos resultados financeiros das empresas e cujo aumento em média foi de 27,8% num ano em que o salário dos trabalhadores dessas empresas aumentou em média apenas 2,7%.
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