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Doentes chegam a esperar mais de 4 anos por consulta hospitalar
O SIM assinala que “a grande maioria dos hospitais do SNS debate-se com enormes problemas no cumprimento dos tempos máximos de resposta garantidos para primeira consulta hospitalar”. De acordo com os dados divulgados pelo Sindicato, são várias as especialidades em que mais de metade dos hospitais apresentam um tempo médio de resposta superior ao máximo legalmente estabelecido, de 120 dias.
Em causa está a oftalmologia, com 79% dos hospitais a apresentar um tempo médio de resposta superior ao máximo legal, ortopedia, com 73%, reumatologia, com 76%, otorrinolaringologia, com 58%, neurocirurgia, com 67%, e dermato-venereologia, com 86%.
O SIM refere ainda que existem hospitais que contam com mais de dois anos de espera para consulta. Em oftalmologia, o tempo médio de espera chega a atingir 2 anos e 10 meses, em otorrinolaringologia, 2 anos e 9 meses, em reumatologia, atinge os 2 anos e 6 meses e, em dermato-venereologia, chega aos 2 anos e alguns dias.
Vários hospitais apresentam um tempo médio de espera superior a um ano para consulta de ortopedia, chegando a atingir 1 ano e 10 meses.
No que respeita à consulta de urologia no Hospital S. Pedro, em Vila Real, o tempo de espera ultrapassa os quatro anos. Para uma consulta de Oftalmologia no Hospital de Chaves, os doentes podem ter de esperar 1038 dias. Já no Hospital de Nossa Senhora da Assunção, em Seia, a demora para uma consulta normal desta especialidade é de 1015 dias.
No Hospital de Santo André, em Leiria, espera-se 1021 dias por uma consulta de otorrinolaringologia e 1223 por uma consulta de neurocirurgia.
No Hospital Distrital das Caldas da Rainha, uma consulta classificada como muito prioritária para oftalmologia, em que o prazo recomendado é de 30 dias, pode demorar 810 dias. Já para uma consulta apenas prioritária o prazo é menor, de 786 dias.
Lembrando que metade do horário semanal normal de um médico hospitalar, ou seja, 18 das 40 horas semanais, estão alocadas ao Serviço de Urgência, o SIM lamenta que o Ministro da Saúde não aceite a proposta dos sindicatos para o aumento do número de horas semanais alocadas à consulta dos médicos hospitalares. A estrutura sindical defende que esta medida poderia contribuir para resolver uma parte significativa do problema dos tempos de espera.
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