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Direitos humanos: Egito sucede à Arábia Saudita na ONU

Um diplomata nomeado pelo regime de al-Sissi substituiu o representante da Arábia Saudita na presidência do comité consultivo do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. A primeira tarefa foi nomear a pessoa que investigará casos de execuções sumárias semelhantes às centenas que ocorreram no Egito nos últimos anos.
O regime de Abdel-Fattah al-Sissi manda executar a oposição no Egito e recomenda as nomeações de investigadores de execuções na ONU... Foto Amanda Voisard/ONU

A denúncia veio da ONG UN Watch, que no ano passado se insurgira contra a nomeação do representante da Arábia Saudita para a presidência do painel que aconselha o Conselho de Direitos Humanos sobre nomeações de investigadores dos abusos em todo o mundo.

A estranha rotatividade do cargo fez a escolha recair agora noutro regime com cadastro impressionante no que toca aos direitos humanos. Amr Ramadan, diplomata egípcio, presidiu ao painel que selecionou, entrevistou e recomendou a nova investigadora especial para os casos de eecuções sumárias, arbitrárias e extrajudiciais.

A feroz repressão do regime militar de al-Sissi, que afastou e prendeu o presidente eleito, perseguindo os membros da Irmandade Muçulmana, executou mais de 1000 pessoas num só dia em agosto de 2013. No ano seguinte, um juiz condenou à morte 720 pessoas num só dia, num julgamento contestado pelo agora ex.investigador, Christof Heyns.

A UN Watch diz ainda que a sucessora de Heyns no cargo foi uma das vozes que defendeu a presença da Arábia Saudita no Conselho de Direitos Humanos da ONU, apesar dos críticos apontarem que o regime de Riade decapitava mais gente que o Estado Islâmico.

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