You are here

Diário Económico: trabalhadores encaram cenário de insolvência

Os trabalhadores exigem conhecer todos os cenários para o futuro do Diario Económico, enquanto a administração admite a insolvência e promete pagar todos os salários de dezembro no fim de fevereiro. O Sindicato dos Jornalistas manifestou-se preocupado com a situação e oferece apoio jurídico aos trabalhadores.
Trabalhadores do Diário Económico lutam pela viabilização do projeto jornalístico. Foto Economico.pt

Os trabalhadores do jornal reuniram esta terça-feira em plenário e a Comissão Instaladora da Comissão de Trabalhadores propôs à administração que sejam apresentados até esta quinta-feira os cenários de insolvência e de entrada em Processo Especial de Revitalização. Um dos administradores afirmou que a empresa quer pagar os ordenados de dezembro ainda em falta até ao fim deste mês e apresentar um plano para o pagamento dos salários de janeiro.

O Sindicato dos Jornalistas fez-se representar no plenário e manifestou em comunicado a sua preocupação com a situação da empresa, disponibilizando-se “para contribuir para a resolução que melhor salvaguarde os direitos e interesses dos trabalhadores, reiterando a disponibilidade dos seus serviços jurídicos para qualquer esclarecimento ou apoio”.

A direção do Diário Económico está demissionária e apelou à administração para que encontre uma saída com urgência. “Face à ausência de desenvolvimentos que possam resolver estes problemas e à degradação dos meios de funcionamento, a redação não tem condições para continuar a assegurar produtos com a qualidade a que os leitores e telespetadores do Económico estão habituados”, diz a mensagem da direção aos administradores, citada pela Lusa.

Em comunicado publicado no site, os trabalhadores dizem querer “assumir a continuidade do projeto e a viabilidade da marca, já que acreditam que esta tem condições para voltar a prosperar e a contribuir de forma decisiva para o pluralismo da sociedade portuguesa”.

O Diário Económico, propriedade do grupo Ongoing, inclui o jornal, o site e um canal de televisão. É conhecida desde o ano passado a intenção de venda, mas nenhum candidato chegou a apresentar uma proposta vinculativa no concurso aberto até ao início de dezembro. Para piorar a situação financeira, o jornal viu nesse mês as suas receitas penhoradas. Desde então têm surgido notícias acerca de negociações em curso com potenciais interessados, ligados a empresas de Angola.

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Sociedade
(...)