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Desigualdade na saúde agravou-se entre 2005 e 2014

“Continuam a ser os mais pobres os mais doentes e os mais doentes os mais pobres”, conclui um dos coordenadores do relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde.
Foto Paulete Matos.

“Seja qual for a doença, a desigualdade aumentou claramente entre 2005 e 2014, independentemente do sexo e da idade”, diz o relatório que é apresentado esta terça-feira pelo Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), citado pelo jornal Público.

O “risco de ter má saúde” é seis vezes superior nas pessoas sem formação do que nas que concluíram o ensino secundário ou superior, refere o Inquérito Nacional de Saúde de 2014. “Para o mesmo indicador, a desigualdade parece ter aumentado no intervalo de dez anos, tal como para a doença crónica”, dizem os investigadores do OPSS.

O relatório destaca a área da saúde mental como “uma das mais fustigadas” pelas políticas dos últimos anos e defendem a reativação do Plano Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas com um orçamento próprio. A falta de participação das associações de doentes na definição das políticas é outro aspeto assinalado pelo relatório do OPSS, que alerta para as barreiras à participação e a falta de meios.

“Se os doentes não forem envolvidos no sistema, isto vai por água abaixo”, diz ao Público José Aranda da Silva, um dos responsáveis pelo relatório.

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