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Desemprego na Grécia atinge novo máximo histórico

Cerca de cinco anos após o início da intervenção da troika, e da imposição de políticas autoritárias que atiraram o país para uma situação de verdadeira calamidade social, o desemprego na Grécia atinge um novo máximo histórico: 28% em novembro de 2013. Seis em cada dez jovens estão desempregados.

Em resultado das sucessivas medidas de austeridade impostas pelos governos da troika, o desemprego na Grécia atinge níveis apenas observados em períodos históricos que se seguiram a desastres nacionais ou guerras, sendo que o país regista a maior taxa de desemprego da Europa: 28% em novembro de 2013.

Comparativamente com novembro de 2012, a taxa de desemprego apresenta um acréscimo de 1,7%, sendo expectável que esta cifra venha a agravar-se no primeiro trimestre de 2014, mediante a implementação de novos cortes e reestruturações.

Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas Grego (Elstat), cerca de 1,38 milhões de pessoas estão desempregadas.

Entre os jovens, a taxa de desemprego é ainda maior: 61,4%. Seis em cada dez jovens estão desempregados. Os mesmos dados revelam que o desemprego entre as mulheres é mais elevado, atingindo 32,2%, sendo a taxa entre os homens de 24,9%.

Conforme avança o Keep Talking Greece, apenas 170.015 desempregados recebem o subsídio de desemprego, no valor de 360 euros. Esta prestação é paga por 12 meses, independentemente do número de anos trabalhados.

O desemprego grego representa mais do dobro da taxa média na Zona Euro, que contava com 19 milhões de desempregados em dezembro, o equivalente a uma taxa de 12%.

Austeridade condena população grega à miséria

As políticas austeritárias levaram a economia do país a encolher em um quarto durante quatro anos.

Cortes nas pensões e nos salários, aumento da idade da reforma, aumento das contribuições dos trabalhadores e ataque aos direitos coletivos de trabalho, aumento dos impostos, estrangulamento dos serviços públicos, estas têm sido algumas das medidas aplicadas na Grécia, e que têm mergulhado o país numa verdadeira calamidade social.

Cerca de cinco anos após o início da intervenção da troika, a população grega está mais pobre, aumentou o número de crianças mal nutridas e registou-se um acréscimo da população de sem abrigo, concentrada, essencialmente, em Atenas e Pireus.

Mediante o agravamento da austeridade e a deterioração das condições de vida, a Grécia têm registado um aumento no número de suicídios. A incapacidade de fazer face às despesas com bens e serviços básicos tem levado ao desespero milhares de gregos, que não encontram outra solução senão pôr termo à sua vida.

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