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Demolição de barragens e açudes obsoletos em discussão

Reavaliação do Plano Nacional de Barragens será concluída até ao final do mês. Associação Zero congratula-se com intenção de demolir açudes e barragens obsoletas. Governo mantém decisão de autorizar Barragem de Foz Tua.
Barragem de Foz Tua em construção, foto de GPC/Flickr.

O Plano Nacional de Barragens deve ficar concluído até 31 de Março, mas o governo já anunciou a intenção de demolir dez açudes e barragens obsoletos ao longo dos próximos dois ou três anos. O governo mantém a decisão de permitir a entrada em funcionamento da Barragem de Foz Tua, que está próxima da sua conclusão, uma das barragens mais contestadas na última década e que será responsável pelo desaparecimento de uma importante parte do Alto Douro Vinhateiro, Património da Humanidade da UNESCO.

A associação ambientalista Zero e a FAPAS – Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens propuseram, só para três cursos de água (o rio Alfusqueiro, a Ribeiro do Vascão e o Rio Nabão), a demolição de mais de 20 obstáculos. Em 2014, a Liga para a Proteção da Natureza apresentou uma proposta de um programa de desmantelamento de barragens inúteis, referindo que há no país mais de 300 obstáculos nos rios, 70 barragens com mais de 50 anos de idade e mais de uma dezena com mais de 100 anos de idade.

Francisco Ferreira respondeu à Lusa à entrevista do ministro do Ambiente ao jornal Público, na qual este anunciou a reavaliação do Plano Nacional de Barragens, na qual será estudada a construção de grandes barragens, as mini-hídricas e a demolição de barragens que já não têm uso ou que são irrelevantes. O porta voz da Zero afirmou que estas “são boas notícias em relação à ideia que já defendemos de demolir açudes e barragens obsoletos que são obstáculos e que neste momento já não fazem sentido manter, além da questão da reavaliação das mini-hídricas que estão previstas”.

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