No passado mês de janeiro de 2018, foram encerradas oito estações dos CTT, só num dia e sem aviso prévio. Entre elas, encontrava-se a estação do Socorro, localizada na rua da Palma, em Lisboa. (Ver notícia do esquerda.net)
Quase onze meses depois, a 5 de dezembro, a administração dos CTT anunciou a venda da antiga estação da Rua da Palma por 10,3 milhões de euros à Clink Hostels, o que significou uma mais-valia contabilística de 8,5 milhões de euros.
Nesta segunda-feira, 17 de dezembro, foi divulgado que a empresa que comprou o edifício pretende transformá-lo no maior hostel do país. O diretor de aquisições da Clink Hostels, Niall O’Hanlon, declarou, segundo o Eco, “Lisboa é um dos destinos mais badalados e mal podemos esperar para que a Clink esteja presente”.
A administração dos CTT diz, segundo o Negócios, que fez a transação "em linha com a sua política de alienação de activos não estratégicos quando estejam reunidas as necessárias condições de mercado".
No dia do encerramento da estação, em janeiro passado, o Bloco de Esquerda realizou uma concentração com a presença de Catarina Martins, que denunciou o “incumprimento claro da base do serviço público” e defendeu que os CTT deviam ser resgatados para a esfera pública. A coordenadora bloquista sublinhava então que “uma ganância absurda está a destruir os CTT”.