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Credit Suisse espiava a Greenpeace
O ex-Chefe de Operações do Credite Suisse ordenou que a Greenpeace fosse infiltrada por pessoas ligadas a este banco. Como consequência, o grupo financeiro teve acesso a informação interna, como e-mails, de ações contra si.
Segundo o jornal suíço SonntagsZeitung, a decisão de começar a espiar os ambientalistas veio no seguimento de uma ação em 2017 na qual o grupo conseguiu perturbar a reunião anual de acionistas. Os ambientalistas protestavam então contra o apoio do banco à construção do oleoduto do Dakota, nos Estados Unidos.
Pierre-Oliver Bouee queria ter conhecimento de outras ações e manifestações. Por isso, terá ordenado ao chefe de segurança da empresa para desencadear a operação ilegal.
Não foi a primeira vez. Bouee acabou de ser despedido no passado mês de dezembro devido à vigilância de dois membros da direção da própria empresa. Agora, apanha também com a totalidade das culpas deste processo de espionagem. A empresa trata assim de desculpar o seu CEO, Tidjane Thiam, alegando que este não tinha conhecimento da espionagem. Depois dos casos, o banco vive uma situação de disputa de poder entre fações, com Thiam de um lado e o presidente da empresa, Urs Rohner, do outro.
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