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Covid-19: Segunda dose de reforço da vacina a partir de 16 de maio
A Direção-Geral de Saúde (DGS) anunciou que a Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid-19 (CTVC) da DGS recomendou esta toma da segunda dose de reforço, com o “objetivo de melhorar a proteção da população mais vulnerável, face ao atual aumento da incidência de casos em Portugal”.
“A vacinação nas Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) inicia-se já na segunda-feira e as pessoas com mais de 80 anos começarão a ser vacinadas durante a próxima semana, nos centros de vacinação ou nos centros de saúde”, refere a Lusa.
As pessoas com mais de 80 anos serão convocadas por agendamento local, através de mensagens SMS ou por chamada telefónica.
A DGS diz que esta vacinação abrangerá cerca de 750 mil pessoas, devendo ser vacinadas com um intervalo mínimo de quatro meses após a última dose ou após um diagnóstico de infeção por SARS-CoV-2.
A DGS refere ainda que as crianças e jovens entre os 12 e 15 anos com condições de imunossupressão, no âmbito da norma publicada sobre esta matéria, também passam a ser elegíveis para receber uma dose adicional de vacina, na sequência de um parecer favorável da CTVC.
“Os jovens com estas condições serão vacinados de acordo com orientação e prescrição médica”, informou a DGS.
Quase 250 mil infeções desde o fim da máscara
Dados da DGS referem, que desde o fim da máscara, em 22 de abril, registaram-se cerca 250 mil infeções, mais 75 mil do que nos vinte dias anteriores. Os números apontam que desde 22 de abril e até à passada quarta-feira, 11 de abril, registaram-se 248.603 novas infeções da covid-19, um aumento de 43,5% em relação ao período anterior em que se verificaram 173.183 casos entre 2 e 21 de abril.
Henrique Oliveira, matemático do Instituto Superior Técnico (IST), disse à Lusa que os dados comprovam uma recente “aceleração drástica” do número de casos.
Henrique Oliveira diz ainda que uma análise matemática à evolução das ondas pandémicas já registadas em Portugal indica que o intervalo temporal entre cada uma dessas vagas “é de exatamente 115 dias”.
“Isso tem-se verificado de forma muito regular. As autoridades devem contar com ciclos entre 110 e 120 dias de intervalo entre as ondas causadas pela covid-19. Mais uma vez, esta lei empírica está a verificar-se”, tendo em conta que o país pode estar a caminho da sexta vaga da pandemia, afirmou o especialista à Lusa.
O relatório do grupo de trabalho do IST, que acompanha a evolução da pandemia, aponta que a incidência em média a sete dias aumentou de 8.763 para 14.267 casos desde 19 de abril, o que se deve “à retirada abrupta do uso de máscara em quase todos os contextos e à nova linhagem BA.5 da variante Ómicron que começa a instalar-se” no país.
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