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Cordex não paga salários a trabalhadores e quer que seja a Segurança Social a pagar

Esta empresa têxtil de Ovar não pagou o salário referente ao período de 6 a 17 de abril àqueles que, residindo no concelho, continuaram a trabalhar. Bloco já questionou o Governo e pede ação inspetiva.
Indústria têxtil. Foto de George Hodan, Public Domain Pictures.

Num conjunto de questões endereçadas ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, os deputados Moisés Ferreira e Nelson Peralta referem que os trabalhadores da Cordex residentes no concelho de Ovar começaram a trabalhar a partir do dia 6 de abril, enquanto os restantes trabalhadores, que residiam fora do concelho de Ovar, só com o fim da cerca sanitária, no dia 17, é que voltaram aos seus postos de trabalho.

Ainda assim, a empresa Cordex, no final do mês de abril, não pagou aos trabalhadores residentes no concelho de Ovar os dias trabalhados entre 6 e 17 desse mês, tendo os trabalhadores recebido a informação que esses dias seriam pagos pela Segurança Social.

Desta forma, a Companhia Industrial têxtil parece “pretender que a Segurança Social assuma o pagamento do salário a todos os trabalhadores, mesmo aqueles que não estiveram impedido de trabalhar por causa do cerco sanitário e que, inclusivamente, estiveram a trabalhar e, nesses dias, a realizar mais-valia para a empresa”.

Os deputados relembram que, no dia 22 deste mês, o presidente da República e o primeiro-ministro visitaram uma empresa do grupo Cordex em Ovar, a Flex2000.

Neste contexto, Moisés Ferreira e Nelson Peralta querem que, quer a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), quer o Instituto de Segurança Social (ISS), intervenham e averiguem a situação.

“Foi anunciado pelo Governo que estas duas entidades estarão no terreno, nos próximos dias, numa ação nacional de fiscalização relacionada com o lay-off simplificado. Não sendo esta uma situação relacionado com o lay-off, a Segurança Social não deve deixar de fiscalizar a mesma, uma vez que pode estar em causa a tentativa de acesso indevido a apoios”, escrevem os deputados.

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