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Cordão humano liga cidades bascas pelo direito a decidir

Cerca de 175 mil pessoas participaram este domingo no cordão humano que ligou San Sebastian a Vitória, passando por Bilbau. A mobilização defende o direito do povo basco a decidir o seu futuro.
Foto Gure Esku dago/Flickr

A iniciativa organizada pela plataforma Gure Esku Dago (“Está na nossa mão”) ligou as principais cidades bascas para reivindicar a realização de uma consulta sobre o estatuto político do País Basco.

Cerca de 175 mil pessoas, organizadas por 5 mil voluntários ao longo dos 200 quilómetros de percurso, ligaram San Sebastian (Donostia) ao parlamento em Vitória (Gasteiz), passando por Bilbau e centenas de localidades.

Ao longo do percurso, marcaram presença os principais líderes sindicais e políticos do PNV, entre os quais os presidentes das autarquias das principais cidades, do EH Bildu, como o seu líder Arnaldo Otegi, e do Elkarrekin Podemos, como a ex-candidata à liderana do governo basco, Pili Zabala.  

Da Catalunha também vieram alguns dirigentes pró-independência, como a líder da Assembleia Nacional Catalã Elisenda Paluzie, a dirigente dos JxCAT, Aurora Madaula, o deputado da ERC Gabril Rufián, a dirigente da CUP Mireia Boya, entre outras figuras. Todas participaram no quilómetro 122 do cordão, em Bilbau, repleto de lenços amarelos em solidariedade com os presos políticos catalães.

No final do cordão, junto ao parlamento, foram entregues as 2019 razões para querer decidir, recolhidas nas últimas semanas em muitas localidades bascas. “Hoje, milhares de cidadãs e cidadãos demonstrámos que queremos decidir o futuro político deste povo”, afirmaram os organizadores, afirmando que se está a abrir “o ciclo da convicência, a soberania e a decisão”.

A plataforma Gure Esku Dago vai a partir de agora promover “um espaço permanente de colaboração e consenso” em todo o País Basco. “O exercício do direito a decidir será chave no próximo ciclo porque é um instrumento fundamental para garantir a convivência e permite defender todos os projetos políticos em igualdade sem exclusões”, prosseguiram os representantes da plataforma em frente ao parlamento de Navarra.

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