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Coordenador de escola de Felgueiras pressiona alunos a irem a aulas de religião
Uma circular enviada pelo coordenador do Centro Escolar de Torrados, em Felgueiras, notificava os encarregados de educação de que os alunos que faltassem a Educação Moral Religiosa e Católica poderiam sofrer represálias.
Arménio Rodrigues escrevia nesse documento, enviado aos responsáveis educativos dos 48 alunos inscritos na disciplina, que as faltas a EMRC poderiam levar à reprovação e iriam ser comunicadas mensalmente à “base de dados da Igreja Católica” e, posteriormente, estas crianças corriam “o risco de lhes ser barrado o acesso aos vários serviços da Igreja, como por exemplo a frequência da catequese, batizados, primeira comunhão e outras celebrações, bem como não poder entrar em qualquer igreja católica portuguesa”.
A existência do insólito comunicado foi confirmada pela Direção do Agrupamento de Escolas Dr. Machado de Matos, a que este centro escolar pertence, ao Jornal de Notícias, anunciando igualmente uma reunião com os encarregados de educação para a tarde desta quarta-feira. Já o Ministério da Educação comunicou ao mesmo meio de comunicação social que “desconhecia este comunicado, que não tem qualquer cabimento”. A diocese do Porto distanciou-se igualmente do teor do escrito: “o que é dito não espelha nenhuma orientação da Igreja. A informação é errada e a própria legislação não o permite”, declarou Jorge Duarte, diretor do gabinete de informação da diocese.
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