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“Controlo do défice não pode ser feito através do congelamento de despesa no SNS”

Catarina Martins afirmou que espera que o Governo compreenda que não pode simplesmente congelar despesas necessárias no Serviço Nacional de Saúde, pois “ninguém compreenderia que neste momento em Portugal o controlo do défice fosse feito à conta do estrangulamento dos hospitais”.

“O Governo fez um despacho que na prática congela despesa que o Serviço Nacional de Saúde precisa de fazer. Exprimimos a nossa preocupação porque o controlo do défice não pode ser feito à conta do congelar despesa necessária do Serviço Nacional de Saúde”, afirmou a coordenadora do Bloco em declarações aos jornalistas na Madalena, ilha do Pico (Açores), onde se encontra no âmbito do arranque da campanha para as eleições legislativas regionais que se realizam a 16 de outubro.

Catarina Martins acrescentou ainda que espera que o Governo compreenda que não pode paralisar hospitais e centros de saúde, pois “ninguém compreenderia que neste momento em Portugal o controlo do défice fosse feito à conta do estrangulamento dos hospitais”.

Num requerimento endereçado ao Ministério da Saúde, os bloquistas questionam o despacho assinado pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que obriga os hospitais a controlar a despesa, e a pedir autorização para qualquer investimento, inclusive no caso da avaria de um equipamento.

O Bloco assinala que esta decisão “pode levar a demora adicional e excessiva na aquisição de produtos, material e equipamento e incapacita as unidades de saúde de responder de forma rápida e eficaz a momentos ou situações excecionais”.

“Discordamos ainda desta decisão porque não podemos condicionar o funcionamento do SNS, subalternizando-o ao défice. O bem maior a respeitar nesta situação é a saúde e o bem-estar dos utentes. E nada pode prejudicar isso”, lê-se ainda no documento.

Em alternativa, os bloquistas propõem que deveria “haver mais orçamento para a Saúde” e “poupanças significativas e corajosas nas verdadeiras rendas que são pagas a privados e que desviam recursos do SNS”.

Bloco quer “um processo de convergência das pensões mais baixas mais acelerado”

 “Nós não tratamos pensões altas da mesma forma como tratamos pensões mais baixas. É uma questão de justiça e achamos do ponto de vista das pensões até aos 600 e poucos euros que precisam de ter um aumento real e 10 euros”, afirmou Catarina Martins, sublinhando que os bloquistas defendem “um processo de convergência das pensões mais baixas mais acelerado”.

“A proposta de 10 euros é uma proposta tímida face às necessidades, é uma proposta com que estamos a trabalhar, mas sendo uma proposta tímida poderá ter impacto na vida das pessoas”, acrescentou.

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