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Continuam as demissões, agora na Urgência de Psiquiatria do Porto

Ausência de respostas da Administração Regional de Saúde do Norte motiva demissões em bloco na Urgência Metropolitana de Psiquiatria do Porto.
Foto de Paulete Matos

As demissões continuam a acontecer nos serviços do SNS um pouco por todo o país e desta vez foi na Urgência Metropolitana de Psiquiatria do Porto (UMPP). Primeiro foi a coordenadora da UMPP, Márcia Mota, a avançar com o pedido de exoneração e esta terça-feira seguiram-se os responsáveis da equipa.

Em declarações ao jornal Público, o presidente do conselho diretivo da Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN), Carlos Nunes, confirmou que existem “problemas de articulação entre as várias unidades” da UMPP, mas acredita que vai ser possível ultrapassá-los, referindo-se às demissões recentes.

Carlos Nunes disse que “existem alguns problemas com a urgência, de articulação entre as várias unidades, mas estamos a intervir e temos esperança que se resolvam. Estivemos no (Hospital de) São João há duas semanas, no (Hospital) de Magalhães Lemos na semana passada, reunimos com as equipas e estamos a trabalhar na melhor forma destas questões serem ultrapassadas”.

Para o presidente da ARSN, “a Urgência Metropolitana de Psiquiatria tem mais de dez anos, provavelmente está na altura de fazer uma revisão das redes de articulação e de comunicação, que têm de ser melhoradas”.

Alguns dos problemas da UMPP são relativos à ausência de respostas da ARSN às questões relacionadas com o funcionamento do serviço, tal como “limitações na transferência dos doentes para o serviço de internamento de retaguarda de urgência do Hospital de Magalhães Lemos, no Porto, e a implementação dos critérios de referenciação para a UMPP”.

Carlos Nunes culpabiliza a pandemia pela demora em resolver os problemas, já que “são situações sobre as quais não foi possível intervir durante o tempo de pandemia, até porque modificou muitos modelos de funcionamento”.

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