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“Conflito de interesses” na RTP provoca saída de administrador
Nesta quinta-feira, 25 de janeiro, o Conselho Geral Independente (CGI) divulgou a sua decisão de manter Gonçalo Reis na presidência da RTP e retirar Nuno Artur Silva da administração da empresa, na sequência do “conflito de interesses” denunciado pela Comissão de Trabalhadores (CT) da RTP.
Em comunicado, o CGI aponta que Nuno Artur Silva não continuará na administração da empresa pública de televisão, por ser “incompatível com a irresolução do conflito de interesses entre a sua posição na empresa e os seus interesses patrimoniais privados, cuja manutenção não é aceitável, não obstante o CGI, no âmbito das suas funções de supervisão e fiscalização, não ter verificado que isso tenha sido lesivo da empresa, no decurso do seu mandato”.
Recorde-se que a CT denunciou, a 12 de janeiro, o “conflito de interesses” entre a RTP e o administrador Nuno Artur Silva, “proprietário de uma produtora e de um canal concorrente da própria empresa”.
No seu comunicado, o CGI refere ainda que da administração da RTP também sairá Cristina Vaz Tomé, administradora responsável das finanças.
De notar também, que na sequência do comunicado da CT, o Bloco de Esquerda tinha questionado o Governo, perguntando, nomeadamente: se “já consultou o Conselho de Opinião e o Conselho Geral Independente da RTP” sobre as referidas denúncias.
Na administração, Nuno Artur Silva era o responsável pela reconfiguração da política de conteúdos, “tarefa que desempenhou de modo altamente meritório e sucessivamente reconhecido pelas instâncias de escrutínio da empresa”, segundo o CGI. Com a sua saída, será Gonçalo Reis que no próximo mandato liderará o Projeto Estratégico, de acordo com as orientações que o CGI definir.
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