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Comissão de Utentes da Via do Infante assinala quatro anos de luta

Duas dezenas de membros da Comissão de Utentes da Via do Infante manifestaram-se esta terça-feira, junto à ponte internacional do Guadiana, pela abolição das portagens implementadas há quatro anos na então renomeada A22.
“Temos de abolir as portagens porque a estrada nacional 125 está um caos, todos os dias há acidentes”, disse José Domingos, da Comissão de Utentes, à Lusa, acrescentando que “a Via do Infante foi construída para ser alternativa à EN125 e está a acontecer o contrário”. Esta estrada transformou-se numa via muito perigosa, com extensas e morosas filas de veículos e onde os acidentes de viação se sucedem, com muitas vítimas mortais e feridos graves.
João Vasconcelos enunciou os números da “tragédia” que se vive no Algarve e que demonstram “um estado de guerra não declarado, mas permanente”.
Em declarações à RTP, deputado do Bloco de Esquerda e membro da Comissão de Utentes, João Vasconcelos enunciou os números da “tragédia” que se vive no Algarve e que demonstram “um estado de guerra não declarado, mas permanente”. A EN125 é “uma rua urbana”, disse, e “não oferece quaisquer garantias de segurança”. Por isso, os acidentes são diários, “cerca de 26 a 27 por dia”, enunciou o deputado bloquista, acrescentando que em 2015 o número total é já cerca de 10 mil.
O deputado, que esteve presente no protesto, lembrou que “o atual primeiro-ministro [António Costa], durante a campanha eleitoral para a Assembleia da República admitiu levantar as portagens na Via do Infante”. O Bloco apresentou no parlamento um projeto de resolução propondo a abolição das portagens na Via do Infante.
Para a Comissão de Utentes, com o novo ciclo político iniciado com a formação do atual Governo, a “batata quente da resolução tem de passar agora para a Assembleia da República”, cita Lusa. A crise social e económica no Algarve tem vindo a agravar-se, recorda a Comissão de Utentes, sublinhando que se trata de uma região que vive quase exclusivamente do turismo, “com falências, encerramentos de empresas e altos índices de desemprego”.
Já o presidente da Câmara de Loulé, o socialista Vitor Aleixo, também esteve presente e manifestou ter esperança na “diminuição” do valor das portagens, considerando a atual conjuntura do país.
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