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Comandos: Bloco exige divulgação do inquérito à morte de militar
Neste sábado faleceu um segundo militar, que estava internado desde domingo.
No documento, os bloquistas solicitam a divulgação do relatório instaurado pelo chefe do Estado Maior do Exército relacionado com a morte do militar com o intuito de conhecer as “causas e os procedimentos que estiveram na origem deste trágico episódio”.
O Bloco sublinha também que "na mesma altura e por circunstâncias idênticas, foram hospitalizados mais seis jovens do mesmo curso tendo um deles ficado internado com diagnóstico de falência hepática e sinais de lesões neurológicas estando, por isso, em lista de espera para um transplante de fígado".
"Este militar deu entrada na urgências com a temperatura corporal seis graus acima da média", lembra o requerimento.
Apurar responsabilidades
“Para o Bloco de Esquerda é essencial que o inquérito em curso apure todas as responsabilidade”, afirma-se no documento que adianta: “ Já no passado, o país foi confrontado com exercícios em Cursos de Comandos que não respeitavam a integridade dos formandos”, pelo que os bloquistas questionam "se terá sido esta a razão que levou aos acontecimentos ocorridos em 5 de setembro".
“Se assim foi”, sublinha o requerimento, "fica demonstrado que no passado, não foi feito tudo o que seria necessário e que os problemas apenas foram omitidos, para os abusos continuarem a ser perpetrados”.
Desta forma, o Bloco considera "essencial" o acesso ao relatório que resultar do inquérito em curso.
Entretanto, o ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, anunciou a suspensão dos cursos de Comandos do Exército até ao final do inquérito relacionado com a morte do militar mas deixou expresso que o curso que está atualmente a decorrer vai manter-se de forma “ controlada e adaptada”.
Além do militar que aguarda transplante hepático há ainda três militares internadas no Hospital das Forças Armadas e outro no Hospital da Cruz Vermelha.
Notícia atualizada às 12 horas de 10 de setembro de 2016
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Requerimento do Bloco | 103.48 KB |
Comments
Comandos/Forças Especiais
Oh Katyusha vamos ser racionais! Os Comandos não são propriamente infantaria defensiva. São forças especiais de caris ofensivo e clandestino. A sua contribuição Katyusha é responder à pergunta de se quer ou não quer ter?
Se a resposta for sim quer ter, então deve protegê-los os Comandos, a Infantaria Mecanizada, os Fuzileiros Especiais a Brigada Aero-Transportada, da devassa e do comentário público. E todos os relatórios devem ser vistos pelos dirigentes partidários e pela comissão da especialidade na AR e mais nada. Como dizia a freira "o fechado é o melhor".
Declaração da Catarina Martins
Concordo em absoluto com esta posição do BE.
No entanto, mais uma vez sou de opinião de que devem ser evitadas atitudes ou declarações precipitadas e menos sensatas, que trazem grandes e desnecessários prejuízos ao BE, como foi a declaração da Catarina Martins sugerindo ou propondo a extinção dos comandos. Esta posição pode naturalmente ser incómoda e inaceitável para muitos antigos e novos comandos.
Inquerir, investigar, responsabilizar culpados, mudar dirigentes e impor profundas alterações na instrução por forma a impedir que situações como esta ou similar se possa repetir. Se esse inquérito tiver uma conclusão ou proposta de maior alcance a mesma resultará duma profunda análise do que aconteceu e das suas consequências, e não duma conclusão precipitada.
Declarações e atitudes radicais e impensadas têm que ser evitadas. A Catarina Martins é uma líder extraordinária que tem feito um trabalho excepcional que eu apoio incondicionalmente, mas tem que evitar este tipo de deslizes que prejudicam o seu trabalho. Declarações como a que referi justificam uma maior ponderação.
Saudações
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