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Comandos: Bloco exige divulgação do inquérito à morte de militar

O Bloco exigiu esta quinta-feira a disponibilização do relatório tendo em vista apurar as causas da morte de um militar dos Comandos durante um exercício ocorrido no início desta semana em Alcochete.
Foto CEMGFA

Neste sábado faleceu um segundo militar, que estava internado desde domingo.

No documento, os bloquistas solicitam a divulgação do relatório instaurado pelo chefe do Estado Maior do Exército relacionado com a morte do militar com o intuito de conhecer as “causas e os procedimentos que estiveram na origem deste trágico episódio”.

O Bloco sublinha também que "na mesma altura e por circunstâncias idênticas, foram hospitalizados mais seis jovens do mesmo curso tendo um deles ficado internado com diagnóstico de falência hepática e sinais de lesões neurológicas estando, por isso, em lista de espera para um transplante de fígado".

"Este militar deu entrada na urgências com a temperatura corporal seis graus acima da média", lembra o requerimento.

Apurar responsabilidades

“Para o Bloco de Esquerda é essencial que o inquérito em curso apure todas as responsabilidade”,  afirma-se no documento que adianta: “ Já no passado, o país foi confrontado com exercícios em Cursos de Comandos que não respeitavam a integridade dos formandos”, pelo que os bloquistas questionam "se terá sido esta a razão que levou aos acontecimentos ocorridos em 5 de setembro".

“Se assim foi”, sublinha o requerimento, "fica demonstrado que no passado, não foi feito tudo o que seria necessário e que os problemas apenas foram omitidos, para os abusos continuarem a ser perpetrados”.

Desta forma, o Bloco considera "essencial" o acesso ao relatório que resultar do inquérito em curso.

Entretanto, o ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, anunciou a suspensão dos cursos de Comandos do Exército até ao final do inquérito relacionado com a morte do militar mas deixou expresso que o curso que está atualmente a decorrer vai manter-se de forma “ controlada e adaptada”.

Além do militar que aguarda transplante hepático há ainda três militares internadas no Hospital das Forças Armadas e outro no Hospital da Cruz Vermelha.

Notícia atualizada às 12 horas de 10 de setembro de 2016

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PDF icon Requerimento do Bloco103.48 KB
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