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Colômbia elege adversário do acordo de paz para Presidente

A oposição ao acordo de paz foi um dos temas fortes da campanha presidencial na Colômbia e, tal como no referendo à primeira versão do acordo de 2016 com as FARC, os eleitores voltaram a apoiar um candidato que se manifesta contra a versão depois aprovada pelos deputados. Numa das mensagens da noite eleitoral, Duque prometeu "correções" ao acordo já selado.
La paz reclama correcciones para que las víctimas realmente sean el centro del proceso y garanticemos verdad, justicia, reparación, y no repetición. #GraciasColombia pic.twitter.com/96kIhtIFHI
— Iván Duque (@IvanDuque) 18 de junho de 2018
Ivan Duque, 42 anos, contou com o apoio da direita e do ex-presidente Alvaro Uribe, que tem liderado a oposição ao acordo de paz. O candidato derrotado nestas presidenciais é o ex-presidente da Câmara de Bogotá, Gustavo Petro, um apoiante do acordo. A diferença entre os dois candidatos nas urnas foi de cerca de dois milhões de votos.
Cuál derrota. Ocho millones de colombianos y colombianas libres en pie. Aquí no hay derrota. Por ahora no seremos gobierno. https://t.co/oiEhxu2xPT
— Gustavo Petro (@petrogustavo) 17 de junho de 2018
Em reação ao resultado das presidenciais, o líder da antiga guerrilha, Rodrigo Londoño — mais conhecido pelo nome de guerra Timochenko — deu os parabéns ao vencedor e lembrou que “vivemos as eleições mais calmas das últimas décadas”, o que prova que “o processo de paz deu frutos”.
Outro tema de campanha foi a crise fronteiriça com a vizinha Venezuela, de onde têm chegado à Colômbia milhares de imigrantes nos últimos meses. A campanha de Duque procurou colar Petro ao chavismo e os observadores dizem que a estratégia resultou no dia de votar, em particular nas regiões de fronteira.
Apesar das armas da guerrilha da FARC estarem mudas, isso não quer dizer que a violência tenha desaparecido da sociedade colombiana. Desde 2016, foram assassinados 282 líderes comunitários e defensores dos direitos humanos no país, na esmagadora maioria pela mão de mercenários deslocando-se em motorizadas. As suspeitas sobre os mandantes recaem sobre narcotraficantes e paramilitares de extrema-direita.
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