You are here

Coimbra: Bloco rejeita conversão de universidades em fundações

Bloco de Coimbra rejeitou o “discurso de louvor” à conversão das universidades públicas em fundações, porque põe em risco a gestão democrática dos estabelecimentos do ensino superior público.
"O novo regime das fundações destrói tudo quanto é a participação democrática”, disse Catarina Caldeira Martins. Foto da Universidade de Coimbra
"O novo regime das fundações destrói tudo quanto é a participação democrática”, disse Catarina Caldeira Martins. Foto da Universidade de Coimbra

Em declarações à Lusa, a professora universitária e membro da coordenadora concelhia do Bloco de Coimbra, Catarina Caldeira Martins, afirmou que o partido “opõe-se completamente a esta posição".

Catarina Caldeira Martins sublinhou a necessidade de instituições como a Universidade de Coimbra (UC) continuarem, “com independência, a sua missão na produção de conhecimento e na formação” académica dos cidadãos e cidadãs.

Para a dirigente bloquista, “o novo regime das fundações destrói tudo quanto é a participação democrática” de professores, estudantes e funcionários, na vida das universidades.

"Precarização dos laços laborais"

“A Universidade de Coimbra tem uma dimensão patrimonial que deveria assustar a própria cidade”, referiu, tendo adiantado que o Bloco recusa que a Universidade de Coimbra venha a ser administrada, enquanto fundação, por um conselho de cinco curadores, que normalmente são pessoas “oriundas da banca e do mundo dos negócios”.

A docente fez ainda questão de lamentar que essa hipótese esteja identificada, no caso de Coimbra, por via de “um discurso lançado pelo reitor”, João Gabriel Silva, que está a cumprir o segundo mandato nessas funções.

Por seu turno, Mariana Garrido, estudante da licenciatura de Relações Internacionais da Faculdade de Economia da UC, defendeu idênticas posições, tendo declarado que o regime funcional levaria a uma “uma precarização dos laços laborais no meio universitário”, suscetível de afetar jovens docentes e investigadores.

Nesse sentido, Mariana Garrido, que é membro da coordenadora de Jovens Estudantes do Bloco sublinhou que é importante que Coimbra e a sociedade local rejeitem a transformação da UC em fundação, “contra a mercantilização de um ensino superior que cada vez mais deve ser democrático e plural”.

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Política
(...)