Climáximo foi entregar “Óscares” ao Ministério do Ambiente

A ação de entrega destes Óscares da campanha ATERRA decorreu nas escadas da entrada do Ministério. E ao contrário da cerimónia de Hollywood, este júri não teve dúvidas em atribuir todos os prémios a apenas um “filme”: Trata-se de “uma obra-prima de ficção científica sobre a construção de um novo aeroporto” intitulada O Aeroporto do Montijo sem Danos Ambientais.

Sem os vencedores presentes para receberem as estatuetas desta ação-surpresa, o Óscar de ator principal foi para o ministro do Ambiente José Matos Fernandes e o de melhor actor secundário para o presidente da Associação Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta. “O júri não pode deixar de reconhecer as suas extraordinárias performances, marcadas por uma incrível capacidade de defender crimes ambientais com a maior naturalidade”, refere o comunicado da Climáximo.

Greve climática de Lisboa protestou na cerimónia da Capital Verde

Outro premiado “pelo seu papel na orquestração de todo o processo, e intermediação com a grande produtora desta obra cinéfila, a Vinci”, foi o primeiro-ministro António Costa, com o Óscar de melhor realizador.

O Aeroporto do Montijo sem Danos Ambientais arrecadou ainda o Óscar de melhor argumento, com uma adaptação do Estudo de Impacto Ambiental favorável à construção do novo aeroporto e do Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050, consideradas pelo júri como “duas obras dotadas de uma imaginação delirante e de uma distorção mágica da realidade, que as colocam ao nível dos grandes clássicos surrealistas”.

Para a campanha ATERRA, que contesta a construção do aeroporto. “o grande derrotado é o nosso futuro, cada vez mais comprometido, num planeta cuja atmosfera vai sendo arruinada pelas emissões de gases com efeito de estufa em crescimento constante, com uma contribuição galopante do setor da aviação, num trajeto destinado a uma crise sem precedentes”.