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Chomsky e mais de cem outros intelectuais denunciam campanha “selvagem” contra Corbyn
Numa carta publicada pelo The Guardian na passada sexta-feira, mais de cem intelectuais, entre os quais o analista político e linguista norte-americano Noam Chomsky, avançam ainda que o líder Partido Trabalhista tem sido "ridicularizado, ignorado, difamado e condenado”.
“Poucos jornalistas tentaram compreender o motivo da sua esmagadora vitória na disputa pela liderança do Partido Trabalhista em 2015 e poucos têm procurado explorar sistematicamente e imparcialmente as políticas que tem promovido como líder”, avançam.
Os intelectuais assinalam que não esperam “que os jornalistas facilitem a vida a qualquer líder”, referindo, contudo, que “Corbyn tem sido tratado desde o início como um problema a ser resolvido e não como um político a ser levado a sério”.
Este tratamento deve-se, segundo defendem, ao facto de Corbyn “nunca ter feito parte da aldeia Westminster ou da bolha dos media e de nunca ter escondido o seu compromisso com uma política socialista”.
Para os signatários da carta aberta, “numa altura em que a austeridade, a insegurança e o racismo continuam a ser ameaças reais para a vida de muitas pessoas no Reino Unido”, Jeremy Corbyn “pode ajudar a fornecer uma saída para a confusão em que estamos”.
“Condenamos os ataques injustificados sobre a sua liderança pelos media não eleitos e exortamos todos aqueles que querem ver uma mudança social significativa e progressiva a apoiarem Jeremy Corbyn”, rematam.
A carta foi divulgada na véspera do anúncio da deputada do Partido Trabalhista Angela Eagle de que ia apresentar, na segunda-feira, a sua candidatura à liderança do partido, desafiando Jeremy Corbyn.
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