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CHO: Precários não retomam greve por “respeito aos utentes”

Os trabalhadores precários do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) não vão retomar a greve por "respeito aos utentes", apesar da revindicação da reposição das 35 horas não ter sido cumprida.
Precários não vão retomar a greve, mas exigem a solução da sua situação
Precários não vão retomar a greve, mas exigem a solução da sua situação

A porta voz dos trabalhadores precários do CHO, Carla Jorge, disse à Lusa que foi decidido “não retomar a greve por respeito aos utentes que já estão a ser bastante penalizados com a greve dos Técnicos Auxiliares de Diagnóstico, que dura há 14 dias”.

Os 180 trabalhadores precários do CHO- que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche - iniciaram a 25 de outubro uma paralisação que suspenderam ao fim de três dias, com a exigência de que até esta quarta-feira, o conselho de administração lhes apresentasse “um acordo escrito para a passagem às 35 horas no dia 1 de dezembro, com efeitos retroativos desde 1 de julho”, altura em que foi reposto o horário de 35 horas aos trabalhadores do quadro da instituição.

Além das 35 horas, os trabalhadores exigem ainda "o pagamento das horas extraordinárias e de serviços mínimos em atraso”, avançou Carla Jorge.

No entanto, aquela trabalhadora anunciou que “nenhuma das reivindicações foi cumprida”, mas que, independentemente desta situação, não retomarão a greve “durante este período de Natal e Ano Novo, por respeito para com os utentes, que se solidarizaram com a luta” e que ficou expressa num manifesto subscrito por utentes das áreas de residência dos concelhos das Caldas da Rainha, Bombarral, Óbidos, Lourinhã,Torres Vedras, Peniche, Alcobaça e Mafra.

Solução implica tomada de decisões políticas

“Sabemos que, além da administração hospitalar, a solução passa, também, por decisões políticas e esperamos que o ministro da Saúde [Adalberto Campos Fernandes], uma vez que já reconheceu a necessidade de resolver a nossa situação, cumpra com a intenção de acabar com a precariedade” avançou Carla Jorge.

Esta prova que revela a “ boa vontade” dos precários do CHO manter-se-á até ao início do próximo mês de janeiro, ficando ativa uma petição online para exigir a contratualização e integração direta de todos os precários que trabalham naquele estabelecimento de saúde e que até ao momento já foi subscrita por mais de 500 pessoas.

Refira-se que dos trabalhadores contratados através da empresa Lowmargin e que prestam serviço nos três hospitais, “apenas os de Torres Vedras receberam as horas em atraso”, declarou Carla Jorge, sublinhando que o movimento pode vir a encetar “outras ações de protesto” tendo em vista o cumprimento das reivindicações.

O CHO integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche e abrange os concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estevão das Galés e Venda do Pinheiro) abrangendo mais de 292 mil pessoas.

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