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Chegámos a um “ponto sem retorno” nas alterações climáticas

Ban-Ki Moon afirma que há muito a fazer para impedir o avanço das alterações climáticas, basta haver “vontade política”. As declarações foram feitas durante o lançamento da Comissão Internacional para o Clima.
Chegámos a um “ponto sem retorno” nas alterações climáticas
Foto de Thomas Hawk/Flickr.

O mundo chegou a um “ponto sem retorno” em matéria de alterações climáticas. As palavras são de Ban Ki-moon, ex secretário geral da ONU.

As declarações foram feitas no lançamento da Comissão Internacional para o Clima, a ser por si liderada. Esta comissão acompanhará as medidas que os países podem adotar contra os efeitos do aquecimento global, como são a subida do nível do mar e as secas prolongadas. Entre os 17 países envolvidos encontram-se a China, Índia, África do Sul, Indonésia, Canadá e Reino Unido.

Diz Ban Ki-moon que o mundo deverá encetar um caminho que assegure um "futuro mais resiliente ao clima”. Caso nada seja feito, estará em risco a disponibilidade de "alimentos, energia e água”, bem como "o crescimento económico global e a estabilidade social”.

 

“As alterações climáticas estão a acontecer muito, muito mais depressa do que pensamos. Mas se existir vontade política, tudo pode ser feito”, afirmou.

Recorde-se que na passada semana o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU defendeu a necessidade de serem postas em prática medidas rápidas e sem precedentes de forma a limitar a subida da temperatura global em 1,5ºC, que por seu turno causarão a

inundação das zonas costeiras e uma intensificação dos grandes períodos de seca. 

 

Os peritos defenderam uma grande transformação económica para colmatar este aumento. Entre as propostas encontra-se o aumento dos impostos cobrados sobre as emissões de dióxido de carbono, porém foram os próprios autores do estudo a considerar que estas propostas são politicamente improváveis junto dos maiores emissores: os Estados Unidos da América e a China.

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