You are here

CGTP: Governo tem que fazer “mais e melhor” pelos trabalhadores

A resolução aprovada pelo conselho nacional da CGTP exige que o crescimento da economia seja acompanhado de “condições para aumentar os salários e as pensões”, combate a desemprego e precariedade e “romper com as normas gravosas da legislação do trabalho”.
Arménio Carlos diz que Governo pode fazer “mais e melhor” pelos trabalhadores. Foto CGTP-In.
Arménio Carlos diz que Governo pode fazer “mais e melhor” pelos trabalhadores. Foto CGTP-In.

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, fez declarações aos jornalistas, após o Conselho Nacional da Intersindical, dando conta das principais decisões tomadas.

Admitiu que a conflitualidade social pode agravar-se caso o Governo não escute as reivindicações dos trabalhadores sobretudo, no que diz respeito à discussão das melhorias que podem ser inscritas no próximo orçamento de Estado. Para a CGTP-In é possível, no quadro do crescimento verificado na economia “fazer mais e melhor” pelas condições de trabalho.

“No quadro da discussão do próximo Orçamento do Estado, não pode haver qualquer restrição, seja de que tipo for, à negociação coletiva: os salários, as carreiras, os direitos dos trabalhadores da Administração Pública e do setor público não podem sofrer qualquer tipo tipo de restrição no que concerne à sua discussão”, reafirmou ainda, relembrando que a Intersindical “privilegia a negociação” antes de qualquer tomada de decisão que abra caminho à conflitualidade.

O secretário-geral da central sindical disse ainda que o Governo deve responder “afirmativamente às propostas e soluções apresentadas pela CGTP e vota favoravelmente os projetos de lei que entretanto poderão ser apresentados por PCP, Bloco de Esquerda e PEV” e não convergir quase sempre com a direita no que respeita à permanente rejeição da revogação das normas gravosas do código de trabalho e da legislação laboral para a função pública, muito penalizada pelos anos da troika.

Em relação ao teto 200 milhões de euros fixado pelo Governo, no Programa de Estabilidade e Crescimento em relação a gastos com pessoal, Arménio Carlos referiu que: “Se o Governo não levanta restrições para os credores, também não pode estar à partida a colocar restrições a uma negociação que tem de ser séria, transparente e solidária com aqueles que há muitos anos não veem os seus salários aumentados, nem veem as suas carreiras progredirem”.

Na resolução saída da reunião do conselho a CGTP refere os progressos conseguidos no último ano como a reposição das 35 horas na Administração Pública, o aumento dos salários e o combate à precariedade, salientando que é possível fazer mais e melhor tendo em conta o crescimento da economia nacional.

A CGTP agendou ainda a organização de uma Conferência Internacional sobre o futuro do trabalho, para novembro deste ano, com o objectivo da discussão da valorização do fator trabalho como forma de se alcançar mais justiça social.

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Sociedade
(...)