O documento dos bloquistas faz referência ao facto de algumas agências da CGD poderem vir a sofrer reduções nos seus quadros de pessoal e também no horário de atendimento ao público.
“De entre as agências cuja oferta de serviço poderá ser reduzida encontrar-se-ão as de Constância, Barquinha, Sardoal, Alcanena e Ferreira do Zêzere, todas em municípios do Médio Tejo, no distrito de Santarém”, refere o documento do Bloco, fazendo notar que “a Caixa Geral de Depósitos é um banco público essencial ao desenvolvimento do país e, em particular, às regiões do interior de baixa densidade demográfica”.
Neste sentido, sublinha o documento “os propósitos governamentais de apostar no desenvolvimento dessas regiões, já traduzidos no alinhamento de um largo conjunto de medidas programáticas precisam do suporte de um banco público, próximo e disponível para as pessoas que aí vivem e para as empresas que aí desenvolvem a sua atividade”.
Desigualdades territoriais
A nota dos bloquistas sublinha que “uma eventual redução da oferta de serviços da CGD, a par da fuga de serviços públicos dos concelhos do interior, só contribuirá para dificultar a atividade económica e, por consequência, para agravar desigualdades territoriais, nos mais diversos domínios".
Neste contexto, o Bloco pergunta “se o Governo tem conhecimento dos planos da administração da CGD para reduzir a oferta de serviços em agências localizadas em territórios de baixa densidade?” e se essa previsão a concretizar não é passível de pôr em causa “as necessidades do desenvolvimento económico e da coesão territorial?”