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Cerca de 800 milhões de mulheres casaram em meninas

Segundo o relatório anual do Fundo da População das Nações Unidas, publicado esta semana, cerca de 800 milhões de mulheres casaram ainda em meninas. Para mais, 300 milhões não têm acesso a métodos contracetivos.
Fotografia: relatório Marrying too young, UNFPA.
Fotografia: relatório Marrying too young, UNFPA.

O relatório adianta que, em países com emergências humanitárias, 500 mulheres e meninas morrem a cada dia devido a problemas relacionados com gravidez ou parto. Assim, sublinha a necessidade de que todas tenham plenos direitos sobre a reprodução.

O documento informa ainda que, em países como o Bangladeche, o Chade, a Etiópia ou a Guiné, 60% das mulheres casam-se antes dos 18 anos. Nos homens, a percentagem é de cerca de 20%.

Com estes dados, conclui-se que uma em cada cinco mulheres no mundo casaram antes dos 18 anos. O número duplica nos países menos desenvolvidos.

Pela primeira vez, o documento mede a possibilidade de as mulheres terem escolha sobre três variáveis da sua vida reprodutiva: decidir sobre a relação sexual, usar contracetivos e ter acesso a serviços de saúde ligados a esta questão. Nos 51 países de onde foram recebidos dados completos, foi possível constatar que 43% das mulheres não decidem a respeito de qualquer destas variáveis.

Embora admita haver ainda muitos desafios para enfrentar, o FNUAP refere que, em 50 anos de existência, registaram-se claros avanços, como o facto de o uso de contracetivos pelas mulheres ter crescido de 24% em 1969 para 58% em 2019 (de 1 para 37% nos países menos desenvolvidos).

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